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Temer defende Graça Foster e diz não haver acusação formal

Em relação à permanência de Graça à frente da estatal, o peemedebista disse que a presidente Dilma Rousseff decidirá "o que for melhor"


	Michel Temer: oeemedebista minimizou fato de CPI mista ter finalizado seu relatório sem indiciamentos
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Michel Temer: oeemedebista minimizou fato de CPI mista ter finalizado seu relatório sem indiciamentos (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2014 às 15h03.

Rio - O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), afirmou na manhã desta terça-feira, 16, que não há "acusação formal" contra a presidente da Petrobras, Graça Foster, mas sim "pessoal".

Em relação à permanência de Graça à frente da estatal, o peemedebista disse que a presidente Dilma Rousseff decidirá "o que for melhor".

"Mas, seja qual for a medida a ser tomada, não será nada envolvendo os critérios pessoais de conduta, da lisura da presidenta Graça Foster", afirmou o vice-presidente, que participou de debate promovido pelo PMDB no Rio sobre a reforma política.

"Não vejo nenhuma acusação formal em relação à presidenta Graça Foster. Uma coisa, portanto, é a questão da pessoalidade dessa acusação, outra é a questão administrativa", disse Temer sobre a denúncia de que a presidente da Petrobras teria sido alertada das irregularidades na estatal antes de a Operação Lava Jato ser deflagrada pela Polícia Federal, em março deste ano.

O peemedebista minimizou o fato de a CPI mista da Petrobras ter finalizado seu relatório sem indiciamentos.

"A conclusão da CPI é remetida ao Ministério Público, que vai verificar se toma providências penais ou não. O Ministério Público está tomando todas as providências que deveria tomar. A Polícia Federal já está fazendo todas as investigações que deve fazer. De modo que o fato da CPI ter concluído (seu relatório) desta ou daquela maneira não influencia o juízo seja do Ministério Público, do Poder Executivo, por meio da Polícia Federal, ou depois pelo Judiciário."

Para o vice-presidente, o momento atual da Petrobras, com ações novamente em queda, é "transitório".

"É natural que neste momento, em face de todo o noticiário e de todas as questões envolvidas, haja essas eventuais perturbações econômicas na Petrobras, mas eu tenho absoluta convicção de que, superado este momento inicial, vamos ter a Petrobras do tamanho que ela é", afirmou.

Disputa na Câmara

Temer comentou as declarações do deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP), que tenta formar uma maioria contra a candidatura do líder do PMDB, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), à presidência da Câmara, e que afirmou nessa segunda-feira, 15, não ter sido procurado pelo vice-presidente.

Temer, também presidente nacional do PMDB, afirmou que "tem conversado com todos" sobre a eleição na Casa.

Ele disse ainda que está "propondo" que seja realizado rodízio entre os partidos na presidência da Câmara, o que seria "útil para o país".

Após o seminário sobre reforma política, Temer disse ser pessoalmente favorável ao fim da reeleição, com mandatos de "seis ou cinco anos".

Galvão Engenharia

A Justiça Federal aceitou nesta segunda feira, 15, denúncia contra quatro executivos da empreiteira Galvão Engenharia por envolvimento no esquema de formação de cartel e corrupção na Petrobras.

Jean Alberto Luscher, diretor-presidente da Galvão, Erton Medeiros Fonseca, diretor-presidente da Divisão de Engenharia Industrial, Eduardo de Queiroz Galvão, que preside o Conselho de Administração do Grupo Galvão, e Dario de Queiroz Galvão filho, presidente do Grupo Galvão, vão responder por corrupção ativa e formação de quadrilha.

Segundo Moro, há indícios de que os executivos pagaram propina de 1% sobre o valor de contratos e aditivos de obras a Paulo Roberto, prática que teria continuado mesmo após a saída dele do cargo, em abril de 2012.

Parte do valor pago como suborno, pontuou Moro, teria sido lavado por meio de depósitos em contas controladas por Youssef ou por meio da simulação de contratos fictícios de prestação de serviços.

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