O vice-presidente Michel Temer: vice-presidente disse que o maior risco para a humanidade está nas bombas atômica (José Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 24 de março de 2014 às 12h59.
Brasília - Representando o Estado brasileiro, o vice-presidente Michel Temer defendeu hoje (14), em Haia, na Holanda, a eliminação total de todos os arsenais atômicos do mundo.
Durante discurso na 3ª Cúpula sobre Segurança Física Nuclear, Temer também ressaltou que toda atividade nuclear deve ser admitida somente para fins pacíficos.
O vice-presidente disse que o maior risco para a humanidade não está nas instalações de uso civil de energia nuclear, mas sim nas bombas atômicas.
“Hoje, como sabemos, todo o estoque de material nuclear voltado para uso militar escapa dos mecanismos multilaterais de controle. O modo mais eficaz de se reduzirem os riscos de que agentes não estatais utilizem explosivos nucleares ou seus materiais é a eliminação total de todos os arsenais atômicos”.
Temer ressaltou que a Constituição Federal brasileira estabelece que toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e que o país defende o lançamento de negociações multilaterais sobre uma convenção que proíba as armas nucleares e preveja sua eliminação “de forma transparente, verificável e irreversível, com metas e prazos realistas”.
Segundo Temer, essas preocupações motivaram o Brasil a apresentar a declaração intitulada “Em maior segurança: uma abordagem abrangente da segurança física nuclear”, apoiada por outros 14 países: Argélia, Argentina, Chile, Egito, Indonésia, Cazaquistão, Malásia,Filipinas, México, Nova Zelândia, Cingapura, África do Sul, Ucrânia e Vietnã.
“Um mundo que aceita as armas nucleares será sempre um mundo inseguro. É imperioso eliminar tais armas que permanecem como ameaça à humanidade”, concluiu o vice-presidente, explicitando a expectativa de que os esforços da cúpula contribuam para reforçar o empenho político neste propósito.
Paralelamente à 3ª Cúpula sobre Segurança Física Nuclear, que conta com a presença, entre outros líderes, do presidente norte-americano Barak Obama, da chanceler alemã Angela Merkel e do primeiro-ministro britânico Cameron David Cameron, os líderes do G7 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá) se reúnem em Haia para avaliar sanções à Rússia pela anexação da Crimeia, península pertencente à Ucrânia, ao seu território. Uma das medidas que serão votadas pelo grupo é sobre a possível expulsão da Rússia do G8.