Brasil

Temer cria comitê para unificar controle de fronteiras

O grupo será composto por representantes de ministérios, além da PF, Receita, Abin e do Gabinete de Segurança Institucional


	Temer: de acordo com o ministro das Relações Exteriores, José Serra, a ideia é promover ações integradas e permanentes nas regiões de fronteira
 (Reuters/Ueslei Marcelino)

Temer: de acordo com o ministro das Relações Exteriores, José Serra, a ideia é promover ações integradas e permanentes nas regiões de fronteira (Reuters/Ueslei Marcelino)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2016 às 20h31.

O governo decidiu hoje (25) criar o Comitê Executivo de Coordenação de Controle de Fronteiras para unificar as ações de combate aos crimes na fronteira do país, especialmente o tráfico de drogas e contrabando.

O grupo será composto por representantes dos ministérios da Defesa, Fazenda, Casa Civil, Justiça e das Relações Exteriores, além da Polícia Federal, Receita Federal, Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e do Gabinete de Segurança Institucional.

“É uma ideia antiga e, por solicitação dos ministros [José] Serra e [Raul] Jungmann, o presidente Michel [Temer] resolveu dar foco, luminosidade na ação do Brasil em várias áreas de fronteiras”, disse o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.

De acordo com o ministro das Relações Exteriores, José Serra, a ideia é promover ações integradas e permanentes nas regiões de fronteira.

“A ideia é ter uma visão comum, aprofundar o diagnóstico, fazer com que ações tenham caráter permanente e não episódicos, como outras ações que foram bem-sucedidas mas careceram de continuidade nessa matéria”, disse.

O comitê, segundo o ministro, também terá como objetivo ampliar a cooperação bilateral entre os países da região.

“O crime não se dá na linha da fronteira, mas no interior dos territórios, seja na origem, seja no deslocamento. A ideia é ter um mecanismo permanente. Uma ação coordenada que vai envolver, no futuro, uma ação diplomática, que tem existido, mas muito mais intensa”, explicou.

Segundo Serra, anualmente, o Brasil registra mais de R$ 20 bilhões em perda de arrecadação devido ao contrabando.

Operação Ágata O ministro da Defesa, Raul Jungmann, anunciou que as Forças Armadas farão uma nova etapa da Operação Ágata, de combate a crimes na fronteira, para garantir a segurança da Rio 2016.

“Vamos iniciar, nos próximos, dias uma operação que irá envolver 15 mil homens na fronteira, 27 aeronaves, oito navios e 80 lanchas, ao custo de R$ 9 milhões. Ela vai envolver todas as nossas fronteiras e visa assegurar a realização tranquila para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos.”

A ação, segundo o ministro, será baseada na inteligência e ocorrerá de forma “não previsível” e em vários momentos.

Acompanhe tudo sobre:CrimeItamaratyMinistério da DefesaMinistério das Relações ExterioresPolícia FederalTráfico de drogas

Mais de Brasil

Justiça nega pedido da prefeitura de SP para multar 99 no caso de mototáxi

Carta aberta de servidores do IBGE acusa gestão Pochmann de viés autoritário, político e midiático

Ministra interina diz que Brasil vai analisar decisões de Trump: 'Ele pode falar o que quiser'

Bastidores: pauta ambiental, esvaziamento da COP30 e tarifaço de Trump preocupam Planalto