Brasil

Temer confirma reunião com Cármen Lúcia, Renan e Maia

O encontro poderia não ocorrer após o clima de mal-estar entre Renan e Cármen Lúcia criado depois que ambos fizeram críticas públicas

Temer: "uma eventual reunião virá a ser apenas mais uma demonstração completa de diálogo", afirmou porta-voz (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Temer: "uma eventual reunião virá a ser apenas mais uma demonstração completa de diálogo", afirmou porta-voz (Antonio Cruz/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 26 de outubro de 2016 às 21h35.

Última atualização em 26 de outubro de 2016 às 22h32.

O presidente Michel Temer confirmou que vai se reunir na próxima sexta-feira (28) com os presidentes do Senado, Renan Calheiros, da Câmara, Rodrigo Maia, e do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, para discutir segurança pública.

O encontro poderia não ocorrer após o clima de mal-estar entre Renan e Cármen Lúcia criado depois que ambos fizeram críticas públicas e discordaram sobre a atuação da Justiça ao determinar a prisão de policiais legislativos durante operação da Polícia Federal no Senado.

De acordo com o porta-voz da Presidência, Alexandre Parola, Temer informou que o diálogo entre ele e os presidentes dos outros dois Poderes é "permanente, fluido e desimpedido". "O presidente confirma a realização da reunião prevista para a próxima sexta-feira às 10h", disse Parola.

Ontem (25), o presidente do Senado chegou a anunciar que Temer se encontraria com os três nesta quarta-feira (26), mas a presidente do STF alegou "agenda cheia" e a reunião não ocorreu.

"Uma eventual reunião, em momento que seja compatível com agendas de todos os envolvidos, virá a ser apenas mais uma demonstração completa de diálogo", afirmou Parola, antes de confirmar o encontro da próxima sexta-feira.

Alexandre de Moraes continua no cargo

Ao dar as declarações, o porta-voz respondeu a pergunta da imprensa sobre a possibilidade de Temer demitir o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que foi criticado por Renan após a operação da Polícia Federal, já que esta é subordinada ao Ministério da Justiça.

"Há, em seguida, uma pergunta que busca saber se o presidente cogita substituir o ministro da Justiça. A resposta é não", limitou-se a dizer Parola.

A crise entre os Poderes começou na sexta-feira (21), quando houve a Operação Métis, que resultou na prisão do chefe da polícia do Senado, Pedro Ricardo Carvalho, junto com mais três policiais legislativos, suspeitos de prestar serviço de contrainteligência para ajudar senadores investigados na Lava Jato e em outras operações.

Após as prisões, Renan criticou a ação do juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal, no Distrito Federal, e disse que Moraes não tem se portado como ministro de Estado, "no máximo", como um "chefete de polícia".

As declarações de Renan foram rebatidas por Cármen Lúcia . Ontem à noite, o presidente Michel Temer reuniu-se com Moraes, mas o assunto do encontro não foi divulgado.

Acompanhe tudo sobre:Michel TemerRenan CalheirosSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

As 10 melhores rodovias do Brasil em 2024, segundo a CNT

Para especialistas, reforma tributária pode onerar empresas optantes pelo Simples Nacional

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua

STF forma maioria para manter prisão de Robinho