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Temer começa a tirar cargos de deputados "traidores"

O governo exonerou nesta segunda (30) o diretor de Gestão Interna da Embratur, Tufi Michreff Neto, apadrinhado do deputado Mauro Mariani

Michel Temer: oito deputados foram considerados "traidores" na votação da semana passada (Paulo Whitaker/Reuters)

Michel Temer: oito deputados foram considerados "traidores" na votação da semana passada (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de outubro de 2017 às 20h32.

Brasília - O presidente Michel Temer deu início às punições dos deputados que votaram contra ele na segunda denúncia.

O governo exonerou nesta segunda-feira, 30, o diretor de Gestão Interna da Embratur, Tufi Michreff Neto, apadrinhado do deputado Mauro Mariani (PMDB-SC). A portaria foi publicada no Diário Oficial da União.

No Palácio do Planalto, oito deputados foram considerados "traidores" na votação da semana passada. Essa lista é formada por parlamentares que apoiaram Temer na primeira denúncia, mas viraram a casaca e votaram pelo prosseguimento da segunda denúncia desta vez.

As exonerações, num primeiro momento, devem se concentrar nos apadrinhados desses deputados, e alcançar seis cargos no segundo e terceiro escalões do governo.

Nos próximos dias, Temer também deve exonerar os afilhados políticos do deputado Jaime Martins (PSD-MG) no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.

Além de Jaime e Mariani, integram a lista de "traidores" do Planalto os deputados Abel Mesquita (DEM-RR), Cícero Almeira (PODE-AL), Delegado Éder Mauro (PSD-PA), Heuler Cruvinel (PSD-GO), João Paulo Kleinübing (PSD-SC) e João Campos (PRB-GO).

Na semana passada, a Câmara rejeitou por 251 votos a 233 a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência).

Os três eram acusados de fazer parte de uma organização criminosa que desviava recursos públicos. O presidente também foi acusado de obstrução de Justiça.

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