Jair Bolsonaro e Temer na posse do atual presidente, em janeiro de 2019: segundo Temer, o presidente Bolsonaro tem "sorte" pela atuação "vibrante" do Congresso (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 24 de julho de 2020 às 14h36.
Última atualização em 24 de julho de 2020 às 14h50.
O ex-presidente Michel Temer avalia que seu sucessor no Executivo, Jair Bolsonaro, demorou para se aproximar do Congresso Nacional. Temer defendeu que cabe ao chefe do Executivo fazer articulação com os parlamentares, mesmo que haja um ministro para exercer essa função.
"Demorou para o governo admitir que ele precisa de apoio ao Congresso. Demorou, mas o presidente compreendeu. E quem faz a articulação política é o presidente. É importante, você precisa deles, de deputados e senadores para governar", afirmou durante live promovida pelo Grupo de Líderes Empresariais (LIDE).
Na tentativa de ter uma base de apoio no Congresso, Bolsonaro se aproximou de parlamentares do chamado "Centrão". Apesar de várias críticas ao longo do mandato, o presidente recorreu ao "toma lá, dá cá" diante da escalada da crise política, que ganhou força após denúncias de tentativa de interferência na Polícia Federal.
Segundo Temer, o presidente Bolsonaro tem "sorte" pela atuação "vibrante" do Congresso, que tem agido com "muita rapidez". "Ele deve cada vez mais trazer o Congresso para governar com ele. Não porque queira, mas porque a Constituição determina."