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Temer autoriza uso das Forças Armadas em Roraima em meio a venezuelanos

De acordo com Jungmann, foi descartada uma intervenção federal no Estado, onde há também uma preocupação com o sistema prisional

Venezuelanos na fronteira: Roraima tem recebido um grande fluxo de imigrantes que deixam seu país natal por causa da grave situação econômica e social (Nacho Doce/Reuters)

Venezuelanos na fronteira: Roraima tem recebido um grande fluxo de imigrantes que deixam seu país natal por causa da grave situação econômica e social (Nacho Doce/Reuters)

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Reuters

Publicado em 28 de agosto de 2018 às 19h16.

Última atualização em 28 de agosto de 2018 às 19h18.

Rio de Janeiro - O governo federal decidiu empregar a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em Roraima, autorizando o uso das Forças Armadas no Estado que lida com um fluxo crescente de imigrantes venezuelanos, afirmou nesta terça-feira o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann.

A informação foi confirmada pelo Palácio do Planalto.

O ministro disse que ainda sabia o efetivo que será empregado em Roraima, mas descartou uma intervenção federal no Estado, onde há também uma preocupação com o sistema prisional, de acordo com Jungmann.

Jungmann esteve na semana passada na cidade fronteiriça de Pacaraima, onde pôde ver de perto o grande fluxo imigratório de venezuelanos e as dificuldades enfrentadas em Roraima e na relação com os brasileiros.

Segundo o ministro, a entrada de venezuelanos no país também está sendo usada politicamente na região, faltando pouco mais de um mês para a eleição.

"Essa é uma das maiores tragédias humanitárias hoje e nunca poderia ser objeto de disputa política", afirmou ele. "Me dirigi à governadora (Suely Campos) quando lá estive e disse que se (o governo do Estado) não tem condições de convocar a ordem, o presidente está à disposição para convocar as Forças Armadas."

Roraima tem recebido um grande fluxo de venezuelanos que deixam seu país natal por causa da grave situação econômica e social que o atinge. A crise imigratória ganhou contornos violentos na última semana, depois que venezuelanos foram expulsos do acampamento que ocupavam em Pacaraima, sendo forçados a fugirem de volta para o lado venezuelano.

 

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