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Temer atende PRB e mantém Marcos Jorge no Ministério da Indústria

Jorge, que assumiu o cargo com a saída do titular, o presidente do PRB, Marcos Pereira, em dezembro, foi o nome trazido pelo partido para ficar na pasta

Michel Temer: presidente havia tentado condicionar os cargos de primeiro escalão a um possível apoio a um ainda hipotético candidato do governo (Ueslei Marcelino/Reuters)

Michel Temer: presidente havia tentado condicionar os cargos de primeiro escalão a um possível apoio a um ainda hipotético candidato do governo (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 4 de abril de 2018 às 18h35.

Brasília - O presidente Michel Temer anunciou, durante discurso em cerimônia no Palácio do Planalto, que aceitou a indicação do PRB e manterá no Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, o atual interino, Marcos Jorge, ex-secretário-executivo da pasta.

"De igual maneira, quero cumprimentar o Marcos Jorge. Esse vai continuar conosco de alguma maneira, colaborando muitíssimo com o nosso governo", disse Temer.

Jorge, que assumiu o cargo com a saída do titular, o presidente do PRB, Marcos Pereira, em dezembro, foi o nome trazido pelo partido para ficar na pasta definitivamente com a reforma ministerial, mas o Planalto ainda não tinha dado uma resposta.

Na noite de terça-feira, Marcos Pereira esteve com Temer para acertar o futuro do PRB no governo e ouviu a garantia de que o partido manteria a pasta, com Jorge, apesar de ter a intenção de apresentar candidato próprio à Presidência da República.

Nas conversas iniciais com os partidos, Temer havia tentado condicionar os cargos de primeiro escalão a um possível apoio a um ainda hipotético candidato do governo, mas teve dificuldade de garantir o toma lá, dá cá. Até agora, apenas o PR mostra a intenção de ficar com o MDB durante as eleições.

O PRB filiou, na semana passada, o empresário Flávio Rocha, presidente-executivo da Riachuelo, com a intenção de lançá-lo candidato à Presidência.

Despedidas

Na mesma cerimônia, Temer marcou as despedidas dos ministros da Integração Nacional, Helder Barbalho, e de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, que deixam os cargos na sexta-feira. O governo ainda não definiu os substitutos.

Na Integração, uma disputa entre o pai de Helder, o senador Jáder Barbalho (MDB-PA), aliado do senador Renan Calheiros (MDB-AL), e o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), complica a escolha. Eunício quer indicar Marlon Cambraia, atual secretario de Desenvolvimento Regional, de olho na inauguração do eixo norte da transposição do São Francisco, que levará água até Fortaleza.

No MME, os senadores Eduardo Braga (AM) e Edison Lobão (MA) disputam o nome do novo ministro, mas, segundo uma fonte palaciana, nenhum dos dois deve levar e a pasta deve ficar com um técnico. Contrários à privatização da Eletrobras, uma das pautas-chave do governo para este ano, dificilmente seriam contemplados.

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