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Temer anuncia R$ 1 bi para Educação e volta a exaltar ministros

"Acertei em todos (os ministérios), mas aqui, posso dizer ao Mendonça, acho que acertei mais", afirmou o presidente

Temer: "O presidente da República só tem sucesso se tiver ministros que com ele colaborem", afirmou (Ueslei Marcelino/Reuters)

Temer: "O presidente da República só tem sucesso se tiver ministros que com ele colaborem", afirmou (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de fevereiro de 2018 às 19h06.

Brasília - Em mais uma cerimônia em tom de despedida de seus ministros, o presidente Michel Temer voltou a dizer nesta quarta-feira, 28, que fez boas escolhas para compor seu ministério. O ministro da Educação, Mendonça Filho, foi exaltado como "o grande acerto".

"Acertei em todos (os ministérios), mas aqui, posso dizer ao Mendonça, acho que acertei mais", afirmou, em evento no qual os dois anunciaram investimento de R$ 1 bilhão para formação de professores, no Palácio do Planalto.

"O presidente da República só tem sucesso se tiver ministros que com ele colaborem", afirmou.

Prestes a trocar diversos ministros por conta da descompatibilização necessária para as eleições, o presidente disse ontem, em evento com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, que tinha acertado na mosca na escolha dos ministros e que seu "acerto maior foi na escolha do Ricardo (Barros)".

O presidente repetiu também a estratégia de exaltar ações de algumas pastas, como Agricultura, Meio Ambiente e Cidades e também destacou que "na economia nós acertamos nas nossas escolhas".

Substituição

O ministro da Educação, Mendonça Filho, é um dos que vão deixar o governo até abril para concorrer às eleições neste ano.

Na terça-feira, 27, ele e o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha - que vai coordenar as trocas da reforma ministerial -, tiveram a primeira conversa para tratar da sucessão de Mendonça. Uma das possíveis opções para a vaga é a secretaria-executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro.

Padilha confirmou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que o presidente vai vincular as trocas de ministros ao projeto eleitoral do Planalto e do MDB, seu partido.

"Os ministros que vão entrar só entrarão se afinados e com compromisso com a candidatura que venha a defender o legado do presidente Temer", disse Padilha, confirmando que essa era uma solicitação e uma "pretensão" do presidente.

De acordo com Padilha, Temer quer um ministério que tenha "um nível igual ao atual e se possível superior".

"A ideia do presidente é de que os partidos se sensibilizem e tragam nomes de pessoas que tenham reconhecimento nacional, expertise com o setor determinado e que assumam e sustentem o compromisso de apoiar a candidatura (do governo)", declarou.

Padilha rechaçou a possibilidade de o governo ter dificuldades em arrumar substitutos para compor a Esplanada e disse que a ideia é que os partidos busquem esses nomes. O ministro reiterou que não há um compromisso por parte do governo para que as legendas continuem comandando as atuais pastas. "Não necessariamente", disse Padilha.

Formação. Na cerimônia, Temer e Mendonça anunciaram R$ 1 bilhão para investimento em 190 mil novas vagas com a nova Política Nacional de Formação de Professores da Educação Básica. Temer destacou que "é sempre uma satisfação anunciar recursos para educação". "A formação de crianças e jovens é um grande alicerce para uma economia próspera, para uma democracia vibrante e para uma cidadania plena."

No evento, o governo lançou ainda três editais voltados para a valorização de docentes, no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), do Programa de Residência Pedagógica e do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB).

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