Brasil

Temer anuncia força-tarefa para investigar alvos da Carne Fraca

Após reunião com embaixadores, Temer leva comitiva para jantar em churrascaria; ele garante que problemas apontados pela Operação Carne Fraca são pontuais

Temer janta com embaixadores em churrascaria após Operação Carne Fraca - 19/03 (Michel Temer/Facebook/Divulgação)

Temer janta com embaixadores em churrascaria após Operação Carne Fraca - 19/03 (Michel Temer/Facebook/Divulgação)

AB

Agência Brasil

Publicado em 19 de março de 2017 às 19h50.

Última atualização em 19 de março de 2017 às 21h12.

Na abertura da reunião com cerca de 40 representantes de países importadores de carne brasileira, o presidente Michel Temer anunciou hoje (19) maior rigor na fiscalização dos frigoríficos do país.

Ele ressaltou que problemas descobertos pela Operação Carne Fraca são pontuais, que a carne produzida e exportada pelo país é de qualidade e que o governo determinou celeridade nas auditorias que serão feitas nos estabelecimentos envolvidos no esquema criminoso.

"Quero fazer um comunicado de que decidimos acelerar o processo de auditoria nos estabelecimentos citados na investigação da Polícia Federal. Na verdade, são 21 unidades, no total, três dessas unidades foram suspensas e todas as 21 serão colocada sob regime especial de fiscalização a ser conduzida por força tarefa do Ministério da Agricultura", anunciou Temer.

Para o presidente, as empresas flagradas no esquema de "maquiagem" de carne estragada é um "mínimo" diante do total de plantas frigoríficas do país.

"É importante sublinhar que dos 11 mil funcionário do Ministério da Agricultura, apenas 33 estão sendo investigados e das 4.837 unidades sujeitas a inspeção federal, delas, apenas 21 estão supostamente envolvidas em irregularidades.

Fazemos essa comunicação para que os senhores, acompanhando o que estamos fazendo a partir de ontem, possam lançar esse comunicado aos seus países, governantes para tranquiliza-los no tocante ao noticiário que se deu nesses últimos dias", disse aos representantes de países importadores de carne brasileira.

Temer considerou o assunto como urgente e, para atestar a confiança no produto brasileira, o presidente convidou os diplomatas para uma churrascaria. "Queremos convidar a todos para, quando saímos daqui, quem puder aceitar, vamos todos a uma churrascaria para comer a carne brasileira", disse o presidente.

Jantar na churrascaria

Temer chegou pouco antes das 19 horas deste domingo, 19, à churrascaria Steak Bull, antigo Porcão, no Lago Sul em Brasília, para participar de um rodízio de carnes, conforme havia prometido ao final da coletiva realizada hoje no Palácio do Planalto.

Temer está acompanhado de ministros, assessores, do diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, e embaixadores de países que compram o produto brasileiro. Entre os ministros, Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presidência, Blairo Maggi, da Agricultura, e Marcos Pereira, da Indústria e Comércio Exterior. O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, não está presente.

A comitiva está sentada em uma grande mesa, no centro do restaurante, próximo ao buffet de saladas. Temer está no centro da mesa, ladeado por embaixadores, como o da China. Além do rodízio de carnes, há outros acompanhamentos, como fritas, pastéis, camarões e feijão tropeiro. Temer está comendo apenas as carnes e queijo coalho. E beberica uma típica caipirinha brasileira. O preço do rodízio é R$ 119, sem as bebidas.

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoFrigoríficosMDB – Movimento Democrático BrasileiroMichel TemerOperação Carne Fraca

Mais de Brasil

Alesp aprova proibição de celulares em escolas públicas e privadas de SP

Geração está aprendendo menos por causa do celular, diz autora do PL que proíbe aparelhos em escolas

Após cinco anos, Brasil recupera certificado de eliminação do sarampo

Bastidor: queda na popularidade pressiona Lula por reforma ministerial e “cavalo de pau do governo”