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Temer admite que poderá ser candidato à reeleição

O presidente acrescentou que sua candidatura está sendo objeto de "conversações", inclusive com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles

Michel Temer: "Ainda não decidi. Não é improvável, mas ainda não decidi" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Michel Temer: "Ainda não decidi. Não é improvável, mas ainda não decidi" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 20 de março de 2018 às 15h42.

Última atualização em 20 de março de 2018 às 18h52.

Brasília - O presidente Michel Temer admitiu publicamente nesta terça-feira, pela primeira vez, que poderá ser candidato à Presidência da República.

Questionado diretamente se era candidato à Presidência, Temer afirmou: "Não é improvável, mas ainda não decidi." Perguntado ainda quando tomará essa decisão, Temer afirmou que "o tempo dirá".

O presidente acrescentou que sua candidatura está sendo objeto de "conversações", inclusive com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, "que é uma grande figura".

O entusiasmo de Temer por uma eventual candidatura à Presidência tem crescido, à medida que setores do MDB --mais ligados ao presidente-- o têm convencido de que apenas ele pessoalmente conseguirá defender "seu legado".

Ao contrário dos demais possíveis candidatos que ocupam cargos no Executivo, que precisam deixar seus postos até 7 de abril, o presidente não precisa deixar a Presidência e pode decidir pela candidatura, ou não, até o início de agosto, quando termina o prazo para os partidos definirem oficialmente seus candidatos.

A Executiva do MDB defende uma candidatura própria, que pode ser a de Temer ou, como prefere parte da cúpula do partido, a do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que estuda sair do seu partido, o PSD --que não quer encampar sua candidatura-- para ser o candidato do MDB.

Ambos aparecem nas pesquisas eleitorais com intenções de voto em torno de 1 por cento. Meirelles, no entanto, tem uma rejeição bem menor que a de Temer, que ultrapassa os 70 por cento.

Na base, a candidatura de Temer não entusiasma. Em conversas com parlamentares, a Reuters ouviu que uma decisão do presidente em concorrer iria dividir o já curto dinheiro para a campanha e, com uma alta rejeição, ainda poderia afetar as candidaturas a governos estaduais.

O partido, no entanto, espera uma decisão de Temer para ver que caminho tomará.

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