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Telebras pode fornecer cabeamento óptico a emissoras públicas de TV

Segundo o presidente da empresa, Cezar Bonilha, a Telebras deve concluir o projeto em três anos

Dilma Rousseff, em entrevista à TV Brasil, emissora pública: há dúvidas se a Telebras será responsável pelo envio do sinal digital (Marcello Casal Jr./AGÊNCIA BRASIL)

Dilma Rousseff, em entrevista à TV Brasil, emissora pública: há dúvidas se a Telebras será responsável pelo envio do sinal digital (Marcello Casal Jr./AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2011 às 17h44.

Brasília – O presidente da Telebras, Cezar Bonilha, disse hoje (14) que a empresa está apta a garantir o cabeamento óptico para transmissão de sinal digital de televisão para emissoras públicas no país. O projeto é composto por cinco anéis regionais em todo o país e deve estar concluído em três anos, para que, até 2016, todo o sistema digital seja implantado, caso seja decidido que a Telebras será a prestadora do serviço. Ainda não está, porém, definido se, efetivamente, a empresa será a responsável pelo envio do sinal digital.

“Nossa cobertura atinge quase 80% dos municípios brasileiros. Temos uma estrutura básica nacional de 31 mil quilômetros de fibras ópticas. Atenderemos a todas as necessidades de comunicação de longa distância no país nos próximos cinco anos”, informou Bonilha.

Para ele, o uso de fibra óptica tem a vantagem de ser de baixo custo operacional e de ter alta capacidade de banda disponível, além de permitir o incentivo a provedores locais. “Significa criar sinergia, empregos e desenvolvimento de conteúdo nas cidades, com internet popular e aumento do número de empregos”, afirmou.

O assunto foi discutido hoje, em audiência pública na Câmara dos Deputados. O tema em debate foi o Operador Único de Rede de TV Digital, rede de antenas responsável pela transmissão do sinal digital de emissoras públicas nacionais e locais.

A presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Tereza Cruvinel, explicou que a discussão sobre o Operador Único surgiu com o início das transmissões do sistema digital no Brasil, em dezembro de 2007. “Não se fala em plataforma de transmissão digital, mas de rede pública, o que temos construído com muito sucesso. Temos parcerias firmadas um com número enorme de emissoras do campo público e educativas privadas de algumas universidades e comunitárias. O diferencial do nosso sistema é a multiprogramação e a interatividade”, disse a jornalista.

Entretanto, Tereza Cruvinel lembrou que é preciso garantir recursos no Plano Plurianual 2011-2012, ainda em elaboração, para a implantação do projeto. “Estamos dialogando em busca de um acordo. Esses recursos são importantes para nós”, afirmou.

O presidente da Associação Brasileira de Televisão Universitária (ABTU), Cláudio Magalhães, reclamou do fato de a instituição não ter sido ouvida na discussão do projeto, bem como outras entidades responsáveis por TVs comunitárias e universitárias. “Somos representantes da sociedade civil e, com exceção da Frente Paramentar pela Liberdade de Expressão e do Conselho Curador da EBC, não somos chamados para debater e discutir nada. Nós representamos a TV pública no país. E, se querem interação na TV, tem de ser pelo plano público”, disse ele.

Magalhães sugeriu que haja uma parceria com operadores locais para facilitar a transmissão do sinal. A ideia, segundo ele, é fazer com que emissoras universitárias, por exemplo, contribuam com seus equipamentos e torres de transmissão na emissão do sinal digital.

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