Brasil

TCU irá apurar envolvimento de servidores em esquema

O ex-auditor da Corte Cyonil da Cunha Jr., delator da máfia, citou em depoimento à PF a existência de um possível "esquema de fraudes a licitações e contratos no órgão"

As investigações do Tribunal de Contas da União vão ficar a cargo da corregedoria (Divulgação/TCU)

As investigações do Tribunal de Contas da União vão ficar a cargo da corregedoria (Divulgação/TCU)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2012 às 13h30.

Brasília - O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), José Múcio, pediu nesta terça-feira (27) a abertura de sindicância para apurar suposto envolvimento de servidores no esquema de venda de pareceres técnicos em favor de empresas.

Conforme reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, o ex-auditor da Corte Cyonil da Cunha Borges de Faria Júnior, delator da máfia dos pareceres, citou em depoimento à Polícia Federal a existência de um possível "esquema de fraudes a licitações e contratos no órgão", com participação de funcionários da Secretaria Técnica e dos gabinetes de Múcio e do ex-ministro Marcos Vinícius Villaça, que se aposentou.

As investigações do TCU vão ficar a cargo da corregedoria. Nesta terça, o tribunal explicou ter solicitado cópia do inquérito à Polícia Federal para subsidiar os trabalhos. Em nota, adiantou que a conduta de Cyonil e seus respectivos desdobramentos serão objeto de apuração. Na véspera, o tribunal informava que aguardaria "o desenrolar dos fatos" para adotar medidas.

O TCU ponderou que, em encontro com jornalistas na semana passada, policiais da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo disseram não haver servidores ou autoridades de seus quadros sob investigação no âmbito da Operação Porto Seguro.

Cyonil contou à PF ter recebido do ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) Paulo Rodrigues Vieira, apontado como chefe da quadrilha investigada, oferta de R$ 300 mil para beneficiar a empresa Tecondi em processo do TCU. Ele chegou a receber R$ 100 mil por parecer sugerindo a liberação de áreas do Porto de Santos. No entanto, o TCU deu decisões contrárias à empresa.

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoEscândalosFraudesGoverno DilmaOperação Porto SeguroPolícia Federal

Mais de Brasil

A importância de se discutir as questões climáticas nos livros didáticos

Bolsonaro planejou e dirigiu plano de golpe de Estado, afirma PF

Relatório do golpe de Estado: veja íntegra do inquérito que indiciou Bolsonaro e mais 36 pessoas

Nova Raposo terá mais de 40 quilômetros de marginais no trecho entre SP e Cotia