Brasil

TCU deve decidir amanhã se bloqueia bens de Graça Foster

Bloqueio ocorreu com os demais diretores e ex-diretores da estatal que responderão a um processo na corte sobre a aquisição da refinaria de Pasadena


	Graça Foster: bloqueio patrimonial causaria repercussão negativa na empresa, segundo advogado-geral da União
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Graça Foster: bloqueio patrimonial causaria repercussão negativa na empresa, segundo advogado-geral da União (REUTERS/Ueslei Marcelino)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2014 às 16h39.

Brasília - O Tribunal de Contas da União (TCU) deve decidir nesta quarta-feira, 20, se determina o bloqueio dos bens da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, como fez com os demais diretores e ex-diretores da estatal que responderão a um processo na corte sobre a aquisição da refinaria de Pasadena (EUA). O ministro relator, José Jorge, incluiu o caso na pauta da sessão de amanhã.

Há duas semanas, o ministro se manifestou pela inclusão de Graça e também do ex-diretor Jorge Zelada, na lista dos supostos responsáveis pelo prejuízo causado à empresa com a operação de compra da refinaria do Texas - que inclui por exemplo José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da estatal, Paulo Roberto Costa, preso na Operação Lava Jato e Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional. No total, o TCU estima prejuízo de US$ 792,3 milhões aos cofres da Petrobras.

Apesar de entender que não há dúvida sobre a necessidade de citar Graça Foster para apresentar defesa no caso, José Jorge pediu, no último dia 6, a retirada do processo da pauta antes de submeter o caso ao plenário, após sustentação oral realizada pelo advogado-geral da União, ministro Luís Inácio Adams.

Adams pediu para o tribunal dissociar os diretores envolvidos no caso para efeito de indisponibilidade de bens. Em seu voto, citou nominalmente Graça, o diretor Financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, e o ex-diretor de Exploração e Produção Guilherme Estrella como dirigentes que não precisariam ter os bens bloqueados. Ainda de acordo com o advogado-geral, o bloqueio patrimonial da presidente da estatal causaria repercussão negativa na empresa. Foi a primeira vez que um advogado-geral da União fez uma sustentação oral no TCU.

Amanhã, José Jorge deverá submeter ao plenário os embargos de declaração levados à corte pela Petrobras para discutir justamente a indisponibilidade dos bens dos dirigentes e ex-dirigentes. O relator poderá dizer aos colegas se alterou posicionamento anterior, em que pedia o bloqueio patrimonial dos envolvidos que terão de responder a um novo processo no TCU para apurar a culpa pelos prejuízos causados, incluindo Graça.

Mini-Pasadenas

Também está pautada para a sessão ordinária do TCU de amanhã a análise da investigação sobre a suspeita de superfaturamento na compra das usinas de Marialva (PR) e Passo Fundo (RS), pela Petrobras Combustível. Em maio, o tribunal determinou a abertura de auditoria para investigar indícios de que a estatal teria pago mais do que o preço de custo pela participação nas duas refinarias. A relatoria também é do ministro José Jorge.

A expectativa, contudo, é de que seja apenas submetido ao plenário o pedido da Secretaria de Controle Externo (Secex) de Estatais para ampliar o prazo da auditoria. O TCU concedeu, inicialmente, prazo de 90 dias, que se esgotam neste mês, mas a Secex pediu mais dois meses para concluir as investigações.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasExecutivos brasileirosGás e combustíveisGraça FosterIndústria do petróleoMulheres executivasPetrobrasPetróleoTCU

Mais de Brasil

Após prever reforma ministerial até dia 21, Rui Costa diz que Lula ainda começará conversas

Fuvest antecipa divulgação da lista de aprovados na 1ª chamada do vestibular para esta quarta

Governo Lula se preocupa com o tom usado por Trump, mas adota cautela e aguarda ações práticas

Lula mantém Nísia na Saúde, mas cobra marca própria no ministério