Brasil

Tchau, frio? Veranico deve aquecer temperaturas na próxima semana; veja a previsão na sua cidade

A partir de terça-feira, capitais recebem tardes de calor prolongado; entenda o fenômeno

O Cemaden mantém um alerta de risco moderado para alagamentos e deslizamentos de terra (Europa Press News /Divulgação)

O Cemaden mantém um alerta de risco moderado para alagamentos e deslizamentos de terra (Europa Press News /Divulgação)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 16 de agosto de 2025 às 18h45.

Na próxima semana, um novo período de calor atípico, conhecido como veranico, deverá se instalar no Brasil. O fenômeno começará a se formar já neste fim de semana, com a perda da intensidade do ar frio, fazendo com que as tardes voltem a esquentar em diversas regiões do país.

No entanto, a tendência de aquecimento ganhará força a partir de terça-feira (19), quando as altas temperaturas irão se espalhar pelo Centro-Oeste, Sudeste e até algumas áreas do Sul, elevando os termômetros para valores acima da média de agosto e causando uma queda significativa na umidade do ar.

O que são os veranicos?

Os veranicos são caracterizados por períodos de mais de quatro dias consecutivos de calor durante o inverno ou outono, com temperaturas mais altas que o normal, tempo seco e pouca precipitação. Esses eventos não são, necessariamente, considerados ondas de calor.

O aumento das temperaturas será sentido em São Paulo, Rio de Janeiro e outras regiões, mas o calor típico de veranico — com dias seguidos de temperaturas de 3 °C a 5 °C acima da média para o inverno — deve se intensificar apenas entre terça e quarta-feira, e pode persistir até o dia 25, especialmente nas áreas centrais do país.

Veja a previsão para as capitais brasileiras:

Antes disso, os dias de sábado (16) e domingo (17) ainda terão manhãs frias no Sul e Sudeste, com mínimas em torno de 10 °C em cidades como São Paulo (SP) e Curitiba (PR).

No Rio de Janeiro (RJ), o céu permanecerá nublado neste sábado, com possibilidade de garoa pela manhã, mas o tempo melhorará e a temperatura máxima pode atingir 24 °C.

Quando acaba o inverno em 2025?

No Centro-Oeste, Cuiabá (MT) pode registrar até 38 °C neste fim de semana, e Goiânia (GO) também superará os 30 °C.

Em Campo Grande (MS), a máxima ficará em torno dos 33 °C, com sol forte e a umidade relativa do ar em níveis críticos, abaixo de 20% em algumas áreas. No Nordeste, o clima será instável ao longo do litoral.

Regiões como o recôncavo baiano, Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Norte terão chuvas rápidas, alternadas com períodos de sol.

Chance de chuva?

Haverá risco de chuvas mais fortes, especialmente na Bahia e no litoral de Pernambuco, enquanto o interior nordestino continuará com tempo firme e quente.

No Norte, as instabilidades persistem sobre o Amazonas, Roraima e norte do Pará, com possibilidade de chuvas moderadas a fortes e temporais isolados.

Belém (PA) deve registrar uma máxima de 32 °C, com chuvas no fim da tarde. No Acre, Rondônia e Tocantins, o tempo permanecerá ensolarado, quente e seco. Com a saída definitiva da massa de ar frio que está sobre o país e a entrada de ar quente e seco pelo interior, a próxima semana será marcada pela intensificação do veranico.

Previsão do tempo: fim de semana em São Paulo terá tempo seco e temperaturas amenas

Entre terça (19) e quarta-feira (20), o calor se intensificará no Centro-Oeste, interior do Sudeste e norte do Paraná, com máximas que podem ultrapassar os 35 °C em várias regiões.

Cuiabá (MT) pode atingir 40 °C durante o pico do fenômeno, enquanto São Paulo (SP) e Belo Horizonte (MG) terão tardes acima dos 30 °C. O tempo seco se intensificará, com a umidade relativa abaixo de 20% no Centro-Oeste, interior do Sudeste e parte do Nordeste.

Esse cenário aumenta o risco de queimadas, prejudica a qualidade do ar e exige atenção à hidratação e à saúde respiratória.

Clima na região Sul

No Sul, o aquecimento será temporário. Na segunda metade da semana, uma frente fria e a formação de um sistema de baixa pressão deverão mudar o tempo no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, trazendo chuva, ventos fortes e risco de temporais, com possibilidade de granizo.

Nesta região, rajadas de vento podem chegar a 100 km/h, principalmente no Rio Grande do Sul.

Essa combinação de calor no centro-norte e instabilidade no Sul deverá marcar a segunda metade de agosto.

Embora o veranico possa durar até o dia 25, espera-se a chegada de novas massas de ar frio antes do fim do inverno, em 22 de setembro.

No Nordeste, chance de alagamentos

Com a previsão de chuvas e as condições do solo, o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) mantém, neste sábado (16), um alerta de risco moderado para alagamentos e deslizamentos de terra em partes da Bahia, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.

O risco de alagamentos é maior em áreas como Salvador (BA), Recife (PE), João Pessoa (PB) e Natal (RN), onde a chuva pode ser isolada e ocorrer durante o dia, acumulando água em ruas e avenidas, além de causar enxurradas e transbordamento de córregos.

Onda de calor atinge 132 milhões de pessoas nos EUA e faz sensação térmica chegar a 40 °C

Também há risco de deslizamentos em Recife, João Pessoa e Natal, devido ao terreno vulnerável, chuvas intensas registradas recentemente — com precipitação superior a 80 mm em alguns locais — e a previsão de mais chuvas fracas a moderadas. Nessas áreas, podem ocorrer deslizamentos em encostas e quedas de barreiras em estradas.

Em Salvador, o alerta para deslizamentos é igualmente moderado. Os alertas do Cemaden estão divididos em duas categorias: risco hidrológico (que envolve alagamentos urbanos e inundações de pequenos córregos) e risco geológico (relacionado a deslizamentos de terra e quedas de barreiras).

Acompanhe tudo sobre:onda de calorClimaPrevisão do tempo

Mais de Brasil

Bolsonaro é liberado de hospital após 5 horas e exames apontam quadro de gastrite e esofagite

Alckmin pede 'resposta rápida' do Legislativo a plano de socorro a tarifaço de Trump

Com promessa de deixar 'Estado mais leve', Zema lança pré-candidatura à Presidência em 2026

Até quando vai o frio em SP? Cidade teve inverno mais intenso dos últimos 30 anos