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Taxa de homicídio de SP só cresce na região central

Total de assassinatos nos bairros do centro cresceu 20% e chegou a 108 casos

Região da Sé, em São Paulo: taxa de assassinatos nos bairros do centro cresceu 20% (Valter Campanato/AGÊNCIA BRASIL)

Região da Sé, em São Paulo: taxa de assassinatos nos bairros do centro cresceu 20% (Valter Campanato/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2011 às 09h33.

São Paulo - Contrariando a tendência de toda a cidade de São Paulo, a região que engloba os distritos policiais da Seccional Centro, formada pelos bairros de Sé, Jardins, Brás, Consolação, Cambuci, Bom Retiro, Santa Ifigênia, Liberdade, Pari e Santa Cecília, foi a única área da capital a registrar aumento de homicídios no ano passado.

O total de assassinatos nos bairros do centro cresceu 20% e chegou a 108 casos - no ano anterior, haviam ocorrido na região 90 homicídios. Os dados são do Sistema de Informações Criminais (Infocrim) da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Apesar do aumento localizado, a capital registrou no ano passado taxa de 10,6 assassinatos por 100 mil habitantes, a mais baixa desde 1985, quando pela primeira vez a Coordenadoria de Análise e Planejamento publicou números de criminalidade.

Na área central, apenas três entre os dez distritos - Sé, Bom Retiro e Santa Ifigênia - concentram 53% dos casos. Nos Jardins, área nobre da cidade, ocorreram apenas dois assassinatos em 2010. Nas demais regiões da capital, os homicídios se mantiveram estáveis na Seccional Leste (57 casos) e na Seccional de Santo Amaro (308 casos) - esta última é historicamente a mais violenta da cidade. As outras seccionais registraram queda nas taxas: a diminuição na Norte foi de 13% (195 homicídios); na Oeste, 8% (174); na Seccional de São Mateus caiu 6% (143) e na Sul, 18% (66 casos).

Os números do centro surpreenderam a cúpula da Polícia Militar, que desde dezembro de 2009 vem reforçando o policiamento na área por meio da Operação Delegada, o chamado “bico oficial”, feito em parceria com a Prefeitura. Ao todo, mais de 6 mil homens passaram a trabalhar na região com o objetivo principal de fiscalizar o comércio ambulante. Segundo o coronel Marcos Chaves comandante da PM na capital, a partir de amanhã a polícia vai intensificar as blitze noturnas em bares e ruas da região central nos períodos em que a chance de ocorrer violência é maior. A prioridade será a busca por armas brancas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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