Brasil

Tasso nega "guerra" no PSDB, mas diz que autocrítica continuará

O presidente interino afirmou que o partido tem divergências e continuará tendo, mas que não está dividido

Tasso Jereissati: "É absolutamente necessária a autocrítica não só para o nosso partido" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Tasso Jereissati: "É absolutamente necessária a autocrítica não só para o nosso partido" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de agosto de 2017 às 15h51.

Brasília - O presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), negou nesta quinta-feira, 24, que o partido estivesse em "guerra" nos últimos dias, diante da repercussão negativa em torno da propaganda partidária da legenda.

Tasso afirmou que o partido tem divergências e continuará tendo, mas garantiu que o processo de autocrítica vai continuar.

"O PSDB não estava dividido. O partido tem divergência, vai continuar tendo divergências e graças a Deus tem divergência porque não somos partido de pensamento único. Partidos de pensamento único são comunistas", afirmou.

"A autocrítica continua. Esse processo é de autocrítica, de criar novo programa, estatuto... é absolutamente necessária a autocrítica não só para o nosso partido, eu diria que até mais para os outros partidos", argumentou.

Tasso comandou reunião hoje na sede do diretório do partido, em Brasília, com a presença de presidentes dos diretórios estaduais.

Ele convidou o senador Aécio Neves, presidente licenciado da sigla, para o encontro, o que serviu como sinalização do acordo de paz. Mas, em ato falho, chamou Aécio de "ex-presidente do PSDB", antes de corrigir.

"Não precisava selar paz onde não tinha guerra. Era importante a presença do Aécio como ex-presidente do partido... presidente afastado, no momento que a gente fazia a primeira reunião dos diretórios regionais. Segundo porque ele está bastante envolvido na reforma política para fazer uma explanação para os dirigentes sobre como está se encaminhando a reforma", argumentou.

Tasso também tentou minimizar a reunião entre Aécio Neves e o presidente Michel Temer, que aconteceu no fim de semana.

Na ocasião, Temer teria pedido ao senador mineiro a saída de Tasso Jereissati do cargo no PSDB, por conta das críticas da propaganda tucana ao chamado "presidencialismo de cooptação".

"Eu só ouvi falar disso encontro entre Aécio Neves e Temer. Isso não tem importância nenhuma. Ele Temer querendo ou não... e não acredito que o senador Aécio participasse dessa reunião", explicou.

Acompanhe tudo sobre:Partidos políticosPolítica no BrasilPolíticos brasileirosPSDB

Mais de Brasil

Bolsonaro nega participação em trama golpista e admite possibilidade de ser preso a qualquer momento

Haddad: pacote de medidas de corte de gastos está pronto e será divulgado nesta semana

Dino determina que cemitérios cobrem valores anteriores à privatização

STF forma maioria para permitir símbolos religiosos em prédios públicos