Tarso Genro: político também defendeu palanque único, dele com a presidente Dilma Rousseff, no Rio Grande do Sul (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)
Da Redação
Publicado em 19 de dezembro de 2013 às 19h06.
Porto alegre - O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), condicionou sua candidatura à reeleição à aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLC) que muda o índice de correção da dívida dos Estados com a União e à presença da presidente Dilma Rousseff em palanque único na campanha de 2014.
"Se o PLC da dívida não for aprovado antes das eleições não sou candidato. Não é porque não quero servir ao meu partido, é que o próximo governador vai fazer apenas o que estamos fazendo agora, manter os projetos em andamento e pagar salários", disse, durante encontro com jornalistas nesta quinta-feira, 19. "Sou militante político, tenho projeto, uma utopia, vontades programáticas de avançar, produzir, fazer o Estado crescer", destacou. "Se esse projeto não for aprovado não vai ocorrer isso". O projeto prevê a troca do índice de correção das dívidas estaduais, do IGP-DI mais 6% ao ano para o IPCA mais o que for menor entre um porcentual de 4% ou a taxa Selic e está à espera de votação no Senado.
Tarso também defendeu palanque único, dele com a presidente Dilma Rousseff, no Rio Grande do Sul. A direção nacional do PT é pressionada pelo PMDB gaúcho a aceitar que Dilma participe dos palanques dos dois partidos no Estado ou de nenhum. "Eu sou o representante da presidente Dilma aqui, eu apoio a presidente Dilma, grande parte dos nossos projetos estratégicos está ancorada no projeto da presidente Dilma", justificou. "Então é natural que haja expectativa de nosso partido que ela tenha um palanque único aqui", prosseguiu. "Se não tiver palanque único vamos discutir quem é o mais indicado e eu vou argumentar que não sou eu".
Ao final, Tarso admitiu que "há boa possibilidade" de que acabe sendo o candidato "fechando esses dois elementos". Aceitas as condições, prevê que entrará na campanha "com vontade" e que se dedicará a ela "como um trator político, no bom sentido da expressão".