Brasil

Tarcísio se reúne com Marina Silva para avaliar estragos das chuvas em SP

No encontro, que começou por volta de 10h, os dois fizeram um sobrevoo na região para avaliar os estragos causados pelos temporais

Tarcísio e Marina: A ideia é que discutam estratégias para evitar novas tragédias, além de prevenção às mudanças climáticas (Vinicius Freitas/Flickr)

Tarcísio e Marina: A ideia é que discutam estratégias para evitar novas tragédias, além de prevenção às mudanças climáticas (Vinicius Freitas/Flickr)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 22 de fevereiro de 2023 às 11h57.

Última atualização em 22 de fevereiro de 2023 às 11h58.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, está reunido na manhã desta quarta-feira, 22, com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em São Sebastião, município do litoral norte do Estado mais afetado pelas chuvas do final de semana. O encontro começou por volta de 10h. Os dois fizeram um sobrevoo na região para avaliar os estragos causados pelos temporais. A ideia é que Marina e Tarcísio discutam estratégias para evitar novas tragédias, além de prevenção às mudanças climáticas.

Na segunda-feira, 20, Tarcísio se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no município, além de uma comitiva de ministros. O chefe do Executivo suspendeu sua folga de carnaval na Bahia para visitar as áreas afetadas pela chuva forte.

O volume de chuvas que atingiu o litoral norte de São Paulo entre sábado (18) e domingo (19) marcou recorde na história do Brasil. De acordo com o Centro Nacional de Previsão de Monitoramento de Desastres (Cemaden), as chuvas que caíram nas 24 horas resultaram no acumulado de 682 mm em Bertioga, 626 mm em São Sebastião, 337 mm em Ilhabela, 335 mm em Ubatuba e 234 mm em Caraguatatuba.

Como mostrou o Estadão, até então, o maior acumulado da história havia sido registrado em Petrópolis, no Rio de Janeiro. No ano passado, a cidade foi castigada com uma chuva de 530 milímetros em 24 horas, que vitimou 241 pessoas.

De acordo com a última atualização divulgada pelo governo do Estado, o número de mortes pelos temporais chegou a 48, sendo 47 em São Sebastião e um em Ubatuba.

Falta combustível em São Sebastião e postos que têm gasolina racionam estoques

Turistas que tentam deixar de carro a região de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, além da Rodovia Rio-Santos bloqueada por deslizamentos, enfrentam a falta de combustível. Os postos que ainda têm estoques estão racionando o produto à base de R$ 100 por veículo, o que dá 20 litros de gasolina por carro.

Na manhã desta quarta-feira, 22, o empresário Wagner Teixeira, dono de um posto em Boiçucanga, à margem da rodovia, tinha combustível para apenas três horas. "Eu estou com 4 mil litros de gasolina e limitei a R$ 100 reais por carro, por isso que ainda sobrou um pouquinho. Os outros postos da região estão sem nada", disse. Teixeira reabriu o posto na manhã de terça-feira, depois de ficar dois dias fechado para limpeza. Seu estabelecimento foi alagado pela inundação e as bombas de combustível foram atingidas.

O bancário Rodrigo Palhares Costa, de Mogi das Cruzes, cidade da região metropolitana de São Paulo, que estava em Boiçucanga desde a última sexta-feira, 17, ficou aliviado ao conseguir o abastecimento parcial. "É gasolina suficiente para chegar em casa. Passei em outros dois postos e só tinha diesel. Estou com filhos pequenos no carro e é um alívio ir para casa depois de tudo isso", disse, referindo-se a tragédia das chuvas no litoral norte paulista.

O frentista Fábio Andrade, de um posto na Avenida Guarda Mor, em São Sebastião, disse que a gerência limitou o abastecimento a R$ 100 de gasolina e R$ 120 de etanol por carro. "Chegamos a ficar com muita fila ontem (terça) à tarde e, com receio de acabar, fizemos essa limitação. Estamos esperando a chegada do caminhão (com combustível) para hoje à tarde."

De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), regional do Vale do Paraíba, os caminhões das distribuidoras tiveram dificuldade para atender os postos de São Sebastião por causa das rodovias interditadas pelos efeitos das chuvas. A previsão é de que a situação se normalize ao longo do dia.

Com a Rio-Santos totalmente interditada no km 174, entre Juquehy e Barra do Sahy, os turistas que deixavam São Sebastião na manhã desta quarta tinham na Rodovia dos Tamoios a principal via de saída. A subida era feita pelo trecho novo na serra, que estava com bastante tráfego, mas sem congestionamento.

Para deixar as praias de Barra do Sahy (ao norte do trecho interditado), Camburi e Camburizinho, o motorista tinha como opção a própria Rio-Santos, com bloqueios parciais em alguns pontos, e a pista de subida da Tamoios.

No sentido oposto, o turista que está em Juquehy e Barra do Una pode pegar a Rio-Santos sentido Bertioga e fazer a subida pela Imigrantes. Isso porque a Rodovia Mogi-Bertioga, que seria opção de subida, também está interditada. Veja aqui a situação das estradas nesta quarta-feira.

Chuva recorde

Os temporais do fim de semana de carnaval no litoral norte de São Paulo se tornaram os maiores registrados na História do Brasil. De acordo com o Centro Nacional de Previsão de Monitoramento de Desastres (Cemaden), as chuvas que caíram no último sábado e domingo resultaram no acumulado de 682 mm em Bertioga e 626 mm em São Sebastião, maiores valores acumulados já registrados no País. Segundo balanço mais recente do governo do Estado, 48 pessoas morreram em decorrência das chuvas no litoral - 47 em São Sebastião e em Ubatuba.

Acompanhe tudo sobre:ChuvasDesastres naturaisMarina SilvaMeio ambientePraiasTarcísio Gomes de Freitas

Mais de Brasil

Ações no STF contra Reforma da Previdência põem R$ 206 bi em risco para União, calcula governo

Câmara aprova projeto que flexibiliza regras de licitações em casos de calamidade

Mariana Carvalho mantém liderança e vai a 56% em Porto Velho, diz pesquisa Quaest

Rose Modesto tem 31% e Beto Pereira, 25%, em Campo Grande, diz pesquisa Quaest