Em razão do procedimento, Tarcísio não participou do ato de apoiadores de Bolsonaro em São Paulo (Marcelo S. Camargo / Governo do Estado de SP/Divulgação)
Redação Exame
Publicado em 3 de agosto de 2025 às 18h27.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, foi submetido a um procedimento de radioablação por ultrassonografia da tireoide na tarde deste domingo (3), no Hospital Albert Einstein, na Zona Sul da capital paulista. Segundo nota oficial do Governo do Estado, o procedimento transcorreu sem intercorrências.
De acordo com o comunicado, a alta hospitalar do governador está prevista para a noite de hoje. Já na segunda-feira (4), o governador deve retomar suas atividades governamentais, cumprindo agenda interna em seu gabinete no Palácio dos Bandeirantes.
A radioablação por ultrassonografia é um procedimento minimamente invasivo que utiliza ondas de ultrassom focalizadas para tratar diversas condições médicas. A técnica permite alta precisão no tratamento, com menor tempo de recuperação comparado a procedimentos cirúrgicos convencionais.
O governo não divulgou detalhes sobre a condição que motivou o procedimento, mantendo sigilo médico sobre o caso.
Por conta do procedimento, o governador não participou do ato a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro neste domingo na Avenida Paulista, em São Paulo. A manifestação reuniu 57.600 apoiadores do ex-presidente contra Lula e Moraes e a favor da anistia dos condenados pelo golpe de 8 de janeiro de 2023.
A ausência de Tarcísio ocorre em meio à crescente expectativa de setores da base bolsonarista, que aguardam um posicionamento sobre a decisão do governo dos Estados Unidos de aplicar a Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A falta de pronunciamento de Tarcísio tem incomodado seus aliados mais próximos a Bolsonaro. Segundo os críticos, durante o episódio das tarifas anunciadas pelo presidente americano Donald Trump, o governador preferiu direcionar a responsabilidade ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, sem apontar diretamente o STF ou Moraes como responsáveis.