Tarcísio de Freiras: candidato ao governo de SP. (Alberto Ruy/MInfra/Flickr)
Da redação, com agências
Publicado em 17 de outubro de 2022 às 17h25.
Última atualização em 17 de outubro de 2022 às 17h27.
O candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse, no fim da tarde desta segunda-feira, 17, acreditar que os tiros disparados durante uma visita de campanha a Paraisópolis, na cidade de São Paulo, foram por questão territorial e não há ligação política ou eleitoral. Os tiros levaram o ex-ministro a interromper a agenda, que só foi retomada à tarde.
“Foi um ato de intimidação, recado do crime organizado de que vocês não são bem-vindos aqui. Para mim, é uma questão territorial, não é política ou eleitoral”, disse Tarcísio durante uma coletiva de imprensa feita em um evento do partido Cidadania em que foi anunciado o apoio da legenda a sua candidatura.
Tarcísio de Freitas também narrou o que ocorreu pela manhã. Segundo o candidato, ele foi conhecer um projeto social na comunidade Paraisópolis quando ouviu os primeiros disparos. Disse ainda que jamais usou a palavra atentado para se referir ao episódio.
“Visitamos algumas salas de aula em que eu vi pessoas tendo aulas, visitamos os laboratórios e as atividades. Enquanto conversávamos eu comecei a ouvir tiros. Eu estava no terceiro andar. Poucos minutos, depois ouvi mais rajas e o pessoal começou a gritar para abaixar”, detalhou.
Ainda de acordo com Tarcísio, ele já havia passado pela região da capital paulista durante campanha no primeiro turno e que não houve problemas.
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Mais cedo, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, general João Camilo, afirmou que considera “pouco provável” a suspeita de atentado, mas que nenhuma possibilidade é descartada. Segundo ele, informações preliminares indicam que a presença da campanha do candidato Tarcísio, que conta com segurança da Polícia Militar, chamou a atenção dos criminosos.
“Eu entendo que a investigação vai de maneira ampla, mas entendemos um confronto pela presença policial (que gerou um) ruído. Seria um indício de que o fato pende para outra linha de investigação (que não um atentado), mas nada é dispensado”, disse. “Na nossa opinião ainda é prematuro com os dados que nós temos dizer isso”, afirmou.
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O secretário afirmou que os policiais que fazem a escolta do candidato viram um grupo de oito pessoas, com duas delas portando armas, e entraram em confronto. Esse mesmo relato foi confirmado por Tarcísio.
As autoridades também afirmaram que não há registro de tiros disparados contra o prédio em que a equipe de Tarcísio estava, ou contra o veículo que transportava o candidato. Uma van escolar, porém, foi baleada, e um dos homens envolvidos no confronto morreu. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, ele já havia sido detido anteriormente por outro crime. João Camilo disse que as investigações continuam.
(Com Estadão Conteúdo)
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