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Tarcísio chama prisão domiciliar de Bolsonaro de ‘absurdo’ e pede desescalada da crise

Governadores de Minas Gerais, Amazonas, Rio de Janeiro, Goiás e outros estados também se manifestaram contra a decisão de Alexandre de Moraes

Tarcísio de Freitas: governador de SP desejou forças ao ex-presidente e afirmou que a decisão "não irá calar o movimento". (Divulgação / Governo de SP/Flickr)

Tarcísio de Freitas: governador de SP desejou forças ao ex-presidente e afirmou que a decisão "não irá calar o movimento". (Divulgação / Governo de SP/Flickr)

Estela Marconi
Estela Marconi

Freelancer

Publicado em 5 de agosto de 2025 às 07h41.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou na noite desta segunda-feira, 4, que a decisão que decretou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “é um absurdo”.

Em um vídeo publicado no X (antigo Twitter), Tarcísio questionou o processo judicial e destacou que acredita que Bolsonaro foi "julgado e condenado muito antes de tudo isso começar."

"Vale a pena acabar com a democracia sob o pretexto de salvá-la? Será que não está claro que estamos avançando em cima de garantias individuais? Já passou da hora das instituições tomarem iniciativas para desescalar a crise, acabarem com uma disputa que resulta em soma zero, que mostra incapacidade de resolver e mediar conflitos, que não gera outro efeito senão a perda de confiança", disse Tarcísio.

O ex-presidente teve a prisão domiciliar decretada na tarde de segunda-feira, após o ministro Alexandre de Moraes entender que Bolsonaro descumpriu as medidas cautelares impostas em 18 de julho, durante uma operação da Polícia Federal.

O magistrado afirmou que o ex-presidente utilizou as redes sociais de aliados, incluindo seus três filhos parlamentares, para divulgar mensagens com "claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro".

O processo que envolve Bolsonaro é derivado da Ação Penal 2668, em que ele é acusado de ser líder de uma organização criminosa com o objetivo de atentar contra o Estado Democrático de Direito.

A investigação da Polícia Federal aponta que tanto o ex-presidente quanto seu filho, Eduardo Bolsonaro, utilizaram recursos para interferir nas investigações e ameaçar o regular andamento dos processos judiciais.

Governadores se posicionam contra a prisão domiciliar

Outros governadores, aliados de Bolsonaro, também se manifestaram sobre a decisão. Entre as declarações, estão as de Romeu Zema (MG), Cláudio Castro (RJ), Ratinho Junior (PR), Eduardo Leite (RS), Ronaldo Caiado (GO) e Wilson Lima (AM), que expressaram solidariedade ao ex-presidente.

Romeu Zema (Partido Novo) - Minas Gerais

Cláudio Castro (PL) - Rio de Janeiro

Ratinho Junior (PSD) - Paraná

Eduardo Leite (PSD) - Rio Grande do Sul

Ronaldo Caiado (União Brasil) - Goiás

Wilson Lima (União Brasil) - Amazonas

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