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Tarcísio afirma que operações na Cracolândia serão diárias; 18 pessoas já foram presas

Do início do ano pra cá, prendemos 600 traficantes no centro de São Paulo e vamos prender muito mais", afirmou o governador

Na semana passada, Tarcísio declarou que pretendia transferir o fluxo da Cracolândia para o bairro do Bom Retiro (Celio Messias / Governo do Estado de SP/Flickr)

Na semana passada, Tarcísio declarou que pretendia transferir o fluxo da Cracolândia para o bairro do Bom Retiro (Celio Messias / Governo do Estado de SP/Flickr)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 25 de julho de 2023 às 07h01.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que as operações de combate ao tráfico de drogas no centro da capital paulista "serão diárias" e que outros traficantes "continuarão sendo presos".

A declaração desta segunda-feira, 24, ocorre dois dias depois de 18 pessoas serem presas após ação deflagrada pela Polícia Civil em conjunto com a Polícia Militar e a Guarda Civil Metropolitana na Cracolândia.

"Do início do ano pra cá, prendemos 600 traficantes no centro de São Paulo e vamos prender muito mais", afirmou o governador.

"As operações em si não resolvem, precisamos das outras componentes de abordagem, que é o grande desafio. Mas, as operações vão ser rotineiras, vamos fazer mais operações, vamos prender mais traficantes. Não vamos dar descanso para o tráfico de drogas no centro de São Paulo", disse.

Na semana passada, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) antecipou que, em conjunto com o governo estadual, ficou definido que uma nova estratégia adotada em relação à Cracolândia seria "não dar trégua para o traficante". O objetivo é reduzir o fornecimento de drogas para dependentes químicos da região.

Também na semana passada, Tarcísio declarou que pretendia transferir o fluxo da Cracolândia para o bairro do Bom Retiro. Mas, o próprio governador acabou desistindo da propostas em meio às críticas de especialistas, moradores e comerciantes da região.

Nesta segunda-feira, 24, Tarcísio declarou que a situação da Cracolândia precisa ser analisada sob a óptica de um programa de Estado, e não de governo. Afirmou também que estratégias de gestões anteriores "fracassaram". "Tinha programa que focava mais em segurança e pouco na assistência. Outros pesavam na assistência, mas faltavam na segurança."

Segundo o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, o governo de São Paulo está formando uma parceria com o Poder Judiciário com o objetivo de fornecer informações instantâneas sobre pessoas abordadas na Cracolândia que cumprem penas no regime aberto, mas que não obedecem a ordem de estar em casa depois das 20h.

"No momento em que o policial abordar (o usuário na Cracolândia) vai poder notificar diretamente o Judiciário sobre um possível não cumprimento de pena. Com isso, o Judiciário vai estudar se há a possibilidade de regredir de regime ou não."

Tarcísio defendeu a proposta de fazer um censo sobre as características dos usuários (idade, origem e tempo que frequenta a Cracolândia), mas não deu um prazo para esse trabalho ser realizado. "É uma dinâmica complexa. Tem dias que um é preso, e outras pessoas chegam (na Cracolândia). Esse trabalho (de mapeamento) é feito diariamente."

Operação Impacto SUmaSSP

Em outra ação de combate ao tráfico de drogas, foram apresentados os resultados da operação SUmaSSP, que reúne policiais de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. O objetivo da atuação conjunta é combater crimes interestaduais e transnacionais que acontecem nas fronteiras, como tráfico de drogas e armas, contrabando, crimes ambientais e outras ocorrências.

De acordo com os resultados apresentados, em São Paulo os policiais apreenderam 7.911 quilos de drogas, recuperaram 609 veículos e prenderam 1.186 pessoas entre os dias 20 e 24 de julho. O número de menores apreendidos foi de 167.

Na soma dos cinco Estados, o balanço foi 1.563 pessoas presas (423 eram procurados), além da apreensão de 11,1 toneladas de drogas e 185 armas de fogo ilegais.

Além das fronteiras, as ações policiais no território paulista se concentraram na Baixada Santista, em decorrência do Porto de Santos, foco de escoamento das drogas para outros países. Tarcísio classificou os resultados da operação como "expressivos".

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