Brasil

Taitianos dão flores e viram atração em frente ao Maracanã

Saudados por onde passam, os taitianos não escondem a emoção de estarem sendo tão bem recebidos no Brasil


	Estádio do Maracanã: o duelo entre a seleção da Oceania e a da Espanha é pela segunda rodada do grupo B da Copa das Confederações.
 (REUTERS/Sergio Moraes)

Estádio do Maracanã: o duelo entre a seleção da Oceania e a da Espanha é pela segunda rodada do grupo B da Copa das Confederações. (REUTERS/Sergio Moraes)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2013 às 15h05.

Rio de Janeiro - Em pequeno número nos arredores do Maracanã, a torcida do Taiti virou atração para jornalistas e público que chegam ao estádio para o duelo entre a seleção da Oceania e a da Espanha, pela segunda rodada do grupo B da Copa das Confederações.

Saudados por onde passam, os taitianos não escondem a emoção de estarem sendo tão bem recebidos no Brasil, inclusive com o apoio do público que comparece aos jogos, como aconteceu na derrota para a Nigéria por 6 a 1, na estreia na competição, no Mineirão.

Em meio a um grande número de pessoas - praticamente todas brasileiras - com camisa da seleção espanhola ou de times como Barcelona e Real Madrid, um pequeno grupo chamava a atenção em frente ao estádio. Com roupas coloridas e bandeiras do país, sete taitianos distribuíam sorrisos e posavam para fotos sem a mínima timidez.

"Somos pequenos, então ganhamos muito apoio, muita simpatia, ficamos felizes. Acho que somos um pouco parecidos (com os brasileiros) na mentalidade, temos muita alegria, muita festa", disse Claude Vallar, pai do zagueiro e capitão Nicolas Vallar e que vai assistir à partida na arquibancada acompanhado da mulher e dos pais do goleiro Mikael Roche.

Para eles, a importância de participar da Copa das Confederações vai além das quatro linhas.

"Para nós é incrível, é muito importante para uma pequena ilha como o Taiti, somos apenas 200 mil habitantes. O jogo com a Espanha, campeã do mundo, será muito difícil, mas ótimo para a gente, para promover as ilhas".

Bem em frente à entrada de imprensa do estádio, ma família taitiana chamava a atenção. Amigo de alguns jogadores, Manu estava com a esposa Flo e a filha Avanai distribuindo flores a todos os que paravam para saudá-los e tirar fotos com eles.


Se alguns nativos viajaram do Taiti para o Brasil para acompanhar sua seleção, a torcida espanhola era basicamente composta por brasileiros.

O estudante Vinícius Lavoisier veio de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, junto com o amigo Renato César, militar. Os dois, que ganharam os ingressos em uma promoção, chegaram cedo para evitar filas. Ambos confessaram ter expectativa de assistir a uma grande exibição espanhola.

"Espero um espetáculo, o time tem jogadores fora de série, o toque de bola é excelente, o entrosamento também. Espero ver uma final com o Brasil", afirmou Vinícius.

Empolgado para ver a bola rolar no Maracanã, Ismael Ussefatt, webdesigner, veio de São Paulo só para ver o jogo e torcer para o futebol espanhol.

"Vim porque era o jogo da Espanha mais perto de São Paulo. Sou fã do Barcelona, do estilo de toque de bola. Gosto muito também do Iniesta e do Fernando Torres", contou.

Claro que também não faltaram brasileiros torcendo para o Taiti, como Rodrigo Leite, membro do fórum Futebol Alternativo, que tornou sua página no Facebook um verdadeiro portal de informações sobre a seleção do arquipélago.

Pela internet, inclusive, ele assistiu ao amistoso contra a seleção chilena sub-20, no qual os "Toa Aito" foram goleados por 7 a 0. Hoje, no entanto, ele espera um resultado bem diferente.

"Estou acreditando muito. Vai ser 1 a 0 para o Taiti. Vamos presenciar a maior zebra da história do Maracanã. Eles (espanhóis) estão nos menosprezando colocando os reservas para jogar", previu o torcedor, que mora no Rio de Janeiro. 

Acompanhe tudo sobre:Copa das ConfederaçõesEsportesFutebol

Mais de Brasil

Calor predomina no Centro-Sul e chuvas se intensificam no Nordeste; veja a previsão para terça-feira

Governo de SP pede para Gilmar Mendes derrubar liminar que impede escolas cívico-militares no estado

Bolsonaro nega participação em trama golpista e admite possibilidade de ser preso a qualquer momento