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Tabata Amaral diz que irá processar Weintraub por danos morais

Ministro distribuiu no Congresso prints de conversas com a deputada, que reclamou de ter expostos o número pessoal dela e de membros de sua equipe

Tabata Amaral: Weintraub não foi o primeiro a levar uma bronca da deputada (Cleia Viana/Agência Câmara)

Tabata Amaral: Weintraub não foi o primeiro a levar uma bronca da deputada (Cleia Viana/Agência Câmara)

Tamires Vitorio

Tamires Vitorio

Publicado em 22 de maio de 2019 às 16h01.

Última atualização em 22 de maio de 2019 às 16h20.

São Paulo — Durante a Comissão de Educação da Câmara desta quarta-feira (22), a deputada Tabata Amaral (PDT) afirmou que irá processar o ministro da Educação, Abraham Weintraub, por danos morais.

Weintraub, quando foi responder às perguntas feitas pela parlamentar sobre planejamento estratégico e debates sobre a educação, distribuiu cópias das conversas que teve com ela para todos os presentes.

Segundo Amaral, os prints mostravam o número pessoal dela e de membros de sua equipe. "Isso é um constrangimento, isso não é atitude de um ministro", disse a deputada.

Antes de todos receberem os prints, Weintraub afirmou ter chamado Amaral para conversar quatro vezes.

No momento da tréplica, a parlamentar disse que apenas três convites foram feitos e todos pela administração do ex-ministro Ricardo Vélez Rodríguez.

"O senhor tomou posse dia 9 de abril e compartilha com o público três convites, sendo que o último foi feito no dia primeiro de abril. Pelo menos faça as contas para não passar constrangimento", afirmou.

"Eu tenho vergonha de eu estar aqui cobrando posicionamento estratégico, com respeito, e o senhor me responder com isso, que falta de maturidade", completou ela.

A questão dos convites feitos pelo MEC para Tabata já haviam sido tema de embate entre a deputado e o ministro na sessão da semana passada no plenário.

A lição em Vélez

Tabata ganhou projeção nacional após um embate em março com Vélez, então ministro da educação.

“A mim resta lamentar o que está acontecendo e esperar que o senhor (Vélez) mude de atitude — o que parece completamente improvável — ou saia do cargo do ministro da Educação”, disse ela à época.

A resposta viralizou. Vélez, que colecionou uma série de polêmicas durante sua breve gestão, deixaria o cargo no início de abril.

Tanto Weintraub quanto Vélez não tem experiência na área de educação, apesar das promessas de Bolsonaro de montar um ministério com critérios técnicos.

Eles também demonstram simpatia pelas ideias do filósofo Olavo de Carvalho, considerado guru do bolsonarismo e responsável por uma série de atritos internos na equipe durante o início da gestão.

Veja o vídeo na íntegra (a partir das 2h40m48s):

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Perfil

Deputada estreante, Tabata Amaral, 25 anos, nasceu na Vila Missionária, bairro pobre da zona sul de São Paulo, e é filha de uma diarista e de um cobrador de ônibus.

“Eu perdi meu pai para as drogas, perdi amigos e vizinhos para o crime e tenho plena consciência de que se eles tivessem completado o ensino fundamental, se eles tivessem tido qualquer chance na educação, eles não teriam morrido tão jovens”, afirmou a deputada a Vélez durante a Comissão.

Devido ao seu desempenho na área de exatas, conquistou uma bolsa de estudos em uma escola particular da capital paulista. Depois, foi aceita na Universidade de Harvard, onde se formou em astrofísica e ciências políticas.

Fundou a ONG Mapa Educação, uma organização que atua para que a educação seja prioridade na agenda política nacional. Também integra a equipe do Acredito e do RenovaBR, movimentos para formar novas lideranças políticas.

Acompanhe tudo sobre:abraham-weintraubMEC – Ministério da EducaçãoTabata Amaral

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