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Suzane von Richthofen casa com sequestradora na cela

Sandra Regina é ex-namorada de Elize Matsunaga, que matou e esquartejou o marido


	Presídio de Tremembé: a nova namorada seria o verdadeiro motivo da permanência de Suzane no regime fechado
 (MARIO RODRIGUES /VEJA SÃO PAULO/Reprodução)

Presídio de Tremembé: a nova namorada seria o verdadeiro motivo da permanência de Suzane no regime fechado (MARIO RODRIGUES /VEJA SÃO PAULO/Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2014 às 08h50.

São Paulo - Suzane Von Richthofen, de 31 anos, agora é casada. Condenada a 39 anos e seis meses de prisão pelo assassinato dos pais, em outubro de 2002, ela se casou com Sandra Regina Ruiz Gomes, condenada a 27 anos por sequestro e assassinato de uma criança. Sandra é ex-namorada de Elize Matsunaga, que matou e esquartejou o marido, o empresário Marcos Kitano Matsunaga, em junho de 2012.

A relação foi revelada pelo jornal Folha de S.Paulo. Suzane cumpre pena em regime fechado na Penitenciária 1 de Tremembé. Em agosto, ela convenceu a juíza Sueli Armani, da Vara de Execuções de Taubaté, a revogar seu benefício de progressão de regime, alegando que tinha medo de morrer ou ser agredida por outras presas caso fosse transferida para o semiaberto.

Para conseguir seu intento, Suzane destituiu seus advogados. A juíza concordou e revogou o benefício. Suzane se casou semanas depois.

A divulgação da nova namorada, que confirmou o boato de que seria o verdadeiro motivo da permanência de Suzane no regime fechado, pegou as autoridades de surpresa.

Tanto Sueli Armani quanto o promotor Luís Marcelo Negrini de Mattos, responsável pelos autos de Suzane, não quiseram comentar o assunto.

A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) também informou que não faria comentários, nem mesmo sobre a transferência da presa para uma cela maior, onde está morando com a companheira.

Agentes penitenciários e funcionários do sistema ouvidos pela reportagem disseram ontem que a festa de casamento de Suzane está marcada para novembro, embora ela tenha oficializado sua união no início de setembro, quando assinou o documento similar a uma certidão de casamento, que permite às presas conviverem maritalmente dentro da prisão.

"A gente ouvia boatos até mesmo antes disso, mas depois que ela assinou um termo de união afetiva, ficou tudo claro", afirmou um funcionário do sistema, que trabalha em Tremembé.

"Não sabemos ao certo, mas como as coisas se deram, é quase certeza que ela conseguiu mesmo o que queria, que era ficar ao lado da namorada", contou outra servidora.

Suzane foi transferida para a chamada ala dos casados, onde ocupa uma cela com a namorada, que se separou de Elize em fevereiro. Segundo os agentes, os boatos são de que Sandra teria deixado Elize depois de se apaixonar por Suzane na fábrica de roupas onde as três trabalham para reduzir as penas.

Feliz

Segundo detentas da penitenciária, Suzane tem demonstrado mais alegria do que de costume. As declarações foram dadas à revista Marie Claire, que também entrevistou Suzane. Ela disse que quer ser mãe e se reconciliar com o irmão, Andreas, com quem não fala desde o julgamento, em 2006.

Suzane concedeu a entrevista dias após a realização da festa de Miss Primavera 2014, realizada no presídio. Foi a primeira participação dela em uma festa do local. Na ocasião, ela foi jurada que representou as presas no evento.

Durante a conversa, Suzane preferiu não falar sobre a relação com as detentas. Também não quis comentar a noite da morte dos pais, o engenheiro Manfred Alfred e a psiquiatra Marísia von Richthofen.

Suzane optou por afirmar que quer recomeçar sua vida e que está pagando pelo erro que cometeu. Ela disse que sonha com frequência com a mãe, fato que vê como um tipo de proteção e que seu "grande sonho" é voltar a falar com o irmão.

Ela negou que tenha sido abusada pelo pai. Suzane contou que, além de ser mãe, quer construir uma família e voltar a estudar.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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