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Suspensão de passaportes afeta 10 mil pessoas por dia, diz PF

O órgão manterá os agendamentos e o serviço nos postos de atendimento, mas não tem previsão sobre quando entregará os documentos solicitados

Passaporte: no ano passado, a PF gastou R$ 212 mi na aquisição dos livretos de passaporte (Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil)

Passaporte: no ano passado, a PF gastou R$ 212 mi na aquisição dos livretos de passaporte (Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de junho de 2017 às 18h46.

Brasília - A suspensão da emissão de passaportes afeta cerca de 10 mil pessoas por dia, informou nesta quarta-feira, 28, a Polícia Federal (PF).

Esse é o número médio de pedidos recebidos pelo órgão e que deixarão de ser atendidos por falta de recursos orçamentários, segundo anunciou a PF.

O órgão manterá os agendamentos e o serviço nos postos de atendimento, mas não tem previsão sobre quando entregará os documentos solicitados a partir desta quarta.

A incerteza permanece mesmo após o Ministério do Planejamento informar, em nota, que o governo enviará ao Congresso um projeto de lei solicitando uma suplementação orçamentária de R$ 102,4 milhões para garantir a manutenção do serviço até o fim do ano.

Esse projeto seguirá para o Congresso Nacional com um pedido para que seja apreciado com prioridade. Sem autorização do Legislativo, não é possível aumentar os recursos para a emissão de passaportes.

Mais cedo, fontes do governo informaram, em contraposição à PF, que ainda há recursos para a emissão de passaportes.

O orçamento prevê R$ 145 milhões para esse fim, dos quais a Polícia Federal só empenhou (reservou para gastar) até agora R$ 88 milhões.

Ou seja, ainda haveria R$ 57 milhões disponíveis e, portanto, não haveria razão para suspender o serviço.

Os R$ 102,4 milhões que serão solicitados ao Congresso servirão para completar o orçamento até o final do ano, uma vez que a dotação de R$ 145 milhões não seria suficiente.

No ano passado, a PF gastou R$ 212 milhões na aquisição dos livretos de passaporte.

O jornal O Estado de S. Paulo questionou a Polícia Federal e aguarda posicionamento.

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