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Suspensa a venda de suplemento com estimulante proibido

De acordo com o órgão, o produto, fabricado por empresa desconhecida, possui a substância dimethylamylamine (DMAA) na composição

Remédios: alguns desses produtos contêm ingredientes que não são seguros para o uso em alimentos, como estimulantes e hormônios, segundo a agência reguladora (Loic Venance/AFP)

Remédios: alguns desses produtos contêm ingredientes que não são seguros para o uso em alimentos, como estimulantes e hormônios, segundo a agência reguladora (Loic Venance/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2012 às 13h50.

Brasília – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu hoje (10) a distribuição, a divulgação, o comércio e o uso do suplemento alimentar Oxielite Pro. A medida é válida em todo país.

De acordo com o órgão, o produto, fabricado por empresa desconhecida, possui a substância dimethylamylamine (DMAA) na composição, um estimulante que ajuda a emagrecer e aumenta o rendimento atlético.

Na última terça-feira (3), o DMAA foi incluído na lista de substâncias proscritas no Brasil, o que impede a importação de suplementos alimentares que contenham a substância, mesmo que por pessoa física e para consumo pessoal. Além do Oxielite Pro, o DMAA é encontrado na composição de suplementos alimentares como Jack3D e Lipo6 Black.

Por meio de nota, a Anvisa alertou que o consumo de suplementos alimentares pode causar graves danos à saúde. Muitos deles são comercializados irregularmente no país, sem terem passado por nenhum tipo de avaliação de segurança.

Alguns desses produtos contêm ingredientes que não são seguros para o uso em alimentos, como estimulantes e hormônios, segundo a agência reguladora. Os suplementos alimentares também podem conter substâncias com propriedades terapêuticas, que não podem ser consumidas sem acompanhamento médico.

“Os agravos à saúde humana podem englobar efeitos tóxicos, em especial no fígado, disfunções metabólicas, danos cardiovasculares, alterações do sistema nervoso e, em alguns casos, levar até a morte”, alertou o órgão.

O comunicado destaca ainda que o forte apelo publicitário e a expectativa de resultados rápidos contribuem para o uso indiscriminado dos suplementos alimentares por pessoas que desconhecem os riscos envolvidos no consumo.


No Brasil, alimentos apresentados em formatos farmacêuticos, como cápsulas e tabletes, só podem ser vendidos depois de avaliados e com registro na Anvisa.

Confira as orientações da Anvisa para evitar o uso de suplementos alimentares não autorizados no país:

- Promessas milagrosas e de ação rápida, como “Perca 5 kg em 1 semana!”;
- Indicações de propriedades ou benefícios cosméticos, como redução de rugas, de celulite e melhora da pele;
- Indicações terapêuticas ou medicamentosas, como cura de doenças, tratamento de diabetes, artrites e emagrecimento;
- Uso de imagens e/ou expressões que façam referência a hormônios e outras substâncias farmacológicas;
- Produtos rotulados exclusivamente em língua estrangeira;
- Uso de fotos de pessoas hipermusculosas ou que façam alusão à perda de peso;
- Uso de panfletos e folders para divulgar as alegações do produto como estratégia para burlar a fiscalização;
- Produtos comercializados em sites sem identificação da empresa fabricante, distribuidora, endereço, CNPJ ou serviço de atendimento ao consumidor.
As recomendações da Anvisa para quem usa ou pretende consumir suplementos alimentares:
- Solicite auxílio de um nutricionista ou médico para a identificação de produtos seguros e regularizados;
- Desconfie se o produto for “bom demais para ser verdade”.Ter um corpo definido e emagrecer nem sempre é rápido ou fácil, principalmente de forma saudável;
- Consumidores que adquiriram produtos que contém DMAA (dimethylamylamine) na composição devem buscar orientação com a autoridade sanitária local sobre a destinação adequada dos suplementos;
- Mais informações podem ser obtidas na central de atendimento da Anvisa pelo telefone 0800 642 9782.

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