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Suspeitos de hackear Moro e Deltan são transferidos para Brasília

Supostos hackers devem prestar depoimento ainda nesta terça-feira (23) na Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal

Moro: ministro teve supostas conversas com procuradores vazadas (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Moro: ministro teve supostas conversas com procuradores vazadas (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de julho de 2019 às 21h04.

Última atualização em 23 de julho de 2019 às 21h27.

Presos na Operação Spoofing deflagrada nesta terça-feira (23), os quatro suspeitos de invadir o celular do ministro da Justiça, Sergio Moro, e do procurador da República e coordenador da Operação Lava Jato no Paraná, Deltan Dallagnol, foram transferidos para Brasília e devem prestar depoimento ainda hoje na Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal.

Nesta terça-feira, a PF prendeu um homem e uma mulher na capital paulista e outros dois homens em Araraquara e Ribeirão Preto. A ação foi determinada pelo juiz da 10.ª Vara Federal de Brasília, Vallisney de Souza Oliveira.

Além de Moro, procuradores da força-tarefa da Lava Jato no Paraná e outras autoridades foram hackeados - no mandado de buscas, há menção ao desembargador federal Abel Gomes (Tribunal Regional Federal da 2.ª Região, no Rio), ao juiz federal Flávio Lucas (18.ª Vara Federal do Rio) e delegados Rafael Fernandes, da PF em São Paulo, e Flávio Vieitez Reis, em Campinas.

Supostos diálogos mantidos no auge da investigação entre os procuradores e o então juiz Sergio Moro foram vazados e publicados pelo site The Intercept Brasil. Moro e os procuradores não reconhecem a autenticidade das mensagens a eles atribuídas.

A PF cumpriu quatro mandados de prisão temporária e sete de busca e apreensão em São Paulo, Araraquara e Ribeirão Preto. Os mandados foram cumpridos pelo delegado da PF Luiz Flávio Zampronha, que investigou o escândalo do mensalão.

Um dos endereços de buscas é a residência da mãe de um dos suspeitos, preso na capital paulista. Ele trabalha com shows e eventos, segundo investigadores. "As investigações seguem para que sejam apuradas todas as circunstâncias dos crimes praticados", informou a PF.

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