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Suplicy parece gravador, diz preso após golpe por telefone

Parlamentar do PT fala sem parar, é a conclusão de um preso que tentou aplicar golpe no senador e acabou entrevistado pelo jornal O Globo


	O senador Eduardo Suplicy fala com jornalistas: “É igual um gravador, mesma coisa de estar falando no Senado", disse presidiário que tentou aplicar golpe
 (Marcello Casal Jr./ABr)

O senador Eduardo Suplicy fala com jornalistas: “É igual um gravador, mesma coisa de estar falando no Senado", disse presidiário que tentou aplicar golpe (Marcello Casal Jr./ABr)

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Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2014 às 07h32.

São Paulo – Os dons de oratória e a capacidade de falar por horas dos políticos brasileiros estão sendo reconhecidos até por presidiários. Um detento que tentou aplicar um golpe por telefone no senador Eduardo Suplicy (PT-SP) comparou o parlamentar “a um gravador”. As declarações foram dadas a uma jornalista de O Globo, que conseguiu falar com o golpista.

“É igual um gravador, mesma coisa de estar falando no Senado. Todo mundo (no presídio) ficou de cara para escutar o doutor falar aqui. Coloquei em viva-voz”, diz o homem na conversa, que foi gravada.

Segundo O Globo, o preso ligou para o senador afirmando ser um de seus sobrinhos. Disse que o carro havia quebrado e pedia dinheiro para consertá-lo.

Inicialmente, o petista aceitou atender ao pedido, de R$ 1,4 mil, mas sustou o pagamento após as secretárias descobrirem a fraude.

Quando falou com o jornal, o criminoso acreditava que o golpe havia dado certo. O homem afirmou estar em uma das penitenciárias do Complexo da Papuda, em Brasília, e disse que usava vários celulares com DDDs distintos, sendo que os aparelhos eram trocados com frequência.

Ele ainda chamou o senador de “pessoa finíssima” e disse querer “mandar uma lembrança para ele”. E contou que Suplicy ficou bravo quando descobriu a falcatrua, mas não o xingou.

Se o golpe tivesse dado certo, o petista se juntaria à lista de parlamentares que caíram em golpes telefônicos, como o deputado Givaldo Carimbão (PSB-SE) e a senadora Ana Amélia (PP-RS). Uma quadrilha que conseguiu mais de 20 mil reais de políticos do Congresso foi desbaratada no início do ano passado.

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