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Superintendente é preso no Rio em operação contra desvios na pandemia

Essa é a terceira fase da operação que investiga fraudes e irregularidades na compra de respiradores para combater a pandemia de coronavírus

Superintendente da Secretaria de Saúde, que atua na área de finanças e orçamento, foi alvo da operação (Mauricio Bazilio/Getty Images)

Superintendente da Secretaria de Saúde, que atua na área de finanças e orçamento, foi alvo da operação (Mauricio Bazilio/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 17 de junho de 2020 às 09h14.

Última atualização em 17 de junho de 2020 às 09h18.

A polícia do Rio de Janeiro e os Ministérios Públicos fluminense e do Distrito Federal realizam nesta quarta-feira mais uma operação contra desvios na secretaria de Saúde do Estado durante a pandemia de Covid-19, doença respiratória causada pelo novo coronavírus, e cumprem 2 mandados de prisão e 9 de busca e apreensão.

Um dos alvos foi o superintendente da Secretaria de Saúde do Estado, Carlos Frederico Verçosa Duboc, que atua na área de finanças e orçamento da secretaria. Parte dos mandados de busca e apreensão é cumprida no Rio e parte em Brasília.

Essa é a terceira fase da operação Mercadores do Caos que investiga fraudes e irregularidades na compra de respiradores para combater a pandemia de Covid-19.

Nas etapas anteriores, foram presos fornecedores dos respiradores, o ex-subsecretário de Saúde do Estado Gabriell Neves e o substituto dele Gustavo Borges.

O MP e a polícia estimam que foram desviados 18 milhões de reais na compra de respiradores.

"Passados mais de dois meses da data de entrega dos respiradores comprados emergencialmente, sem licitação, nenhum equipamento foi entregue pelas empresas, nem o dinheiro devolvido aos cofres públicos", informou o MP.

Não foi possível entrar imediatamente em contato com representantes de Duboc.

Desde o início da pandemia, já foram realizadas cinco operações --contando com a realizada nesta quarta-feira-- que miraram contratações e compras da pasta da Saúde do Rio e mais de 20 pessoas foram presas, entre elas , um dos maiores fornecedores de mão de obra e serviços do Estado Mário Peixoto, que teria recebido vantagens desde a época do governo de Sérgio Cabral (MDB).

As suspeitas de fraude na saúde motivaram a abertura de um processo de impeachment contra o governador Wilson Witzel (PSC). A comissão que vai analisar o impeachment do governador começa a trabalhar na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro nesta quinta-feira.

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