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Sucessão na Câmara: Hugo Motta confirmou apoio de cinco partidos em menos de 36 horas

Na noite de quarta-feira, o deputado já havia angariado a chancela de mais de 300 colegas; são necessários 257 votos para ser alçado ao posto

Hugo Motta: consolidação da candidatura com apoio de cinco partidos em 36 horas (Mário Agra/Agência Câmara)

Hugo Motta: consolidação da candidatura com apoio de cinco partidos em 36 horas (Mário Agra/Agência Câmara)

Agência o Globo
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Publicado em 31 de outubro de 2024 às 21h44.

Última atualização em 1 de novembro de 2024 às 09h27.

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Alçado à condição de favorito à sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) viu sua candidatura avançar rapidamente. Lançada oficialmente na manhã de terça-feira, a postulação de Motta já contava, na noite de quarta, com apoio formal de cinco partidos.

Somando-se à bancada do Republicanos, as siglas garantiriam votos suficientes para que Motta conquiste a presidência da Casa em fevereiro.

Aliança rápida e apoio de peso

O primeiro partido a oficializar o apoio foi o PP, de Arthur Lira, que se tornou o principal fiador da candidatura de Motta. Logo em seguida, Podemos e MDB aderiram ao movimento, além dos partidos rivais PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e PL, de Jair Bolsonaro.

Na quarta-feira, Motta já contava com o respaldo de mais de 300 deputados, enquanto são necessários 257 votos, de um total de 513 parlamentares, para assumir o cargo.

Na quinta-feira, o PV e o PCdoB, em federação com o PV, também anunciaram o apoio. O União Brasil, que vinha trabalhando com a candidatura de Elmar Nascimento (BA), demonstrou tendência de aliança com Motta. Agora, o deputado espera ainda firmar uma parceria com o PSD, do deputado Antonio Brito (BA), outro nome que também era cotado para o posto de Arthur Lira.

Estratégias e negociações em andamento

O atual presidente da Câmara, Arthur Lira, reuniu cerca de dez deputados do PSD na noite de quarta-feira para tentar dissuadir Brito de sua candidatura e fortalecer a coalizão pró-Motta. A proposta, segundo fontes internas, incluía a possibilidade de Brito assumir um ministério no governo Lula, como parte de um acordo para sua desistência.

No entanto, Brito recusou a proposta e se mantém no páreo, mesmo diante de pressões. Ele e Elmar Nascimento, do União Brasil, chegaram a firmar um pacto para unirem forças futuramente contra Motta, tentando atrair partidos governistas para essa aliança alternativa. A articulação, porém, enfraqueceu nas últimas horas.

União Brasil e apoio condicionado

Diante do cenário, membros do alto escalão do União Brasil manifestaram preocupação com a possibilidade de perder espaço político e preferem evitar confronto direto com o candidato de Lira. O partido deve integrar a aliança com Hugo Motta, embora Elmar Nascimento, um de seus líderes, mantenha oficialmente sua candidatura, declarando que está aberto a negociações com o Republicanos.

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