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STJ vai decidir se mantém afastamento de Witzel do governo do Rio

O governador do Rio de Janeiro foi afastado na última sexta-feira, 28, por 180 dias. Ele é investigado por desvio de dinheiro do combate à covid-19

Wilson Witzel, governador do Rio, será ouvido pela CPI da Covid (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Wilson Witzel, governador do Rio, será ouvido pela CPI da Covid (Fernando Frazão/Agência Brasil)

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Clara Cerioni

Publicado em 2 de setembro de 2020 às 06h00.

Última atualização em 2 de setembro de 2020 às 07h13.

A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) se reúne nesta quarta-feira, 2, para decidir se mantém o afastamento do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), por 180 dias. São necessários 10 dos 15 votos para confirmar a decisão do ministro Benedito Gonçalves, cumprida na sexta-feira, 28.

Witzel é investigado por supostas irregularidades e desvios de recursos destinados ao controle e combate à pandemia da covid-19. Além do governador afastado, mais seis são investigados quanto aos crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

A Procuradoria-Geral da República chegou a pedir a prisão do governador, mas o ministro Gonçalves considerou que o afastamento já era "suficiente". Quem assumiu o cargo foi o vice, Claudio Castro, que também é investigado por irregularidades em contratos.

Mesmo sem tempo hábil para manifestação, na terça-feira, 1º, a defesa de Witzel entrou com um pedido, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), para suspender o julgamento desta quarta-feira no STJ.

Muitos juristas consideraram que a decisão monocrática de afastamento de um governador em exercício fere princípios constitucionais. O argumento, inclusive, foi um dos usados por um dos recursos apresentados pela defesa de Witzel na segunda-feira, 31, junto ao STF.

Das 33 cadeiras do STJ, a Corte Especial conta com 15 magistrados que vão analisar a decisão do ministro Gonçalves. Três deles - Felix Fischer, João Otávio de Noronha e Herman Benjamin - se consideraram impedidos de participar do julgamento por terem alguma relação com os advogados que defendem os envolvidos.

O presidente da Corte, ministro Humberto Martins, chamou três substitutos para garantir quórum completo para analisar o tema.

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