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STJ quebra sigilo telefônico do governador de Santa Catarina

Raimundo Colombo é investigado por supostamente ter recebido R$ 2 milhões em caixa dois de executivos da Odebrecht durante campanha eleitoral

Raimundo Colombo: a assessor do governo afirmou que Colombo apoia a decisão (Divulgação/Divulgação)

Raimundo Colombo: a assessor do governo afirmou que Colombo apoia a decisão (Divulgação/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de junho de 2017 às 18h45.

São Paulo - O ministro Luis Felipe Salomão autorizou, nesta segunda feira, 5, a quebra de sigilo telefônico do governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD).

O político é investigado em um desdobramento da Operação Lava Jato por supostamente ter recebido R$ 2 milhões em caixa dois de executivos da construtora Odebrecht, durante a campanha eleitoral de 2010.

A quebra do sigilo corresponde ao período de 1.º de junho de 2012 a 28 de fevereiro de 2015.

O ministro também afastou o sigilo telefônico do ex-secretário da Fazenda de Santa Catarina, Antônio Gavazzoni, do ex-secretário de Comunicação Ênio Branco, apontado nas investigações como "intermediário", e dos executivos Fernando Reis e Paulo Roberto Welzel, da Odebrecht, delatores do suposto repasse.

Segundo o ministro, a quebra de sigilo "é essencial para que se possa identificar eventual comunicação entre os agentes e a confirmação de sua localização nas datas e períodos apontados".

Ainda segundo Salomão, há indícios suficientes para justificar o deferimento da medida, solicitada pelo Ministério Público Federal, "e que o direito à intimidade não pode servir de instrumento de salvaguarda para práticas ilícitas".

Defesa

O assessor do governo de Santa Catarina, Claudio Thomas, afirmou que o governador Raimundo Colombo "apoia integralmente a decisão da Justiça e que a medida é a melhor forma de esclarecer os fatos".

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