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STJ autoriza Alesp a publicar nome e salário de servidores

Atualmente, a Alesp publica apenas os salários dos servidores acompanhado do número de matrícula de cada um deles

Salários: o presidente da Alesp, Cauê Macris, afirmou que a decisão foi uma vitória "do bom senso e a transparência" (Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)

Salários: o presidente da Alesp, Cauê Macris, afirmou que a decisão foi uma vitória "do bom senso e a transparência" (Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de novembro de 2017 às 16h23.

São Paulo - A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) obteve autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para publicar o salário de seus servidores acompanhado de seus nomes na internet.

O caso arrastava-se desde 2013, quando sindicatos de servidores da Casa conseguiram no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) uma decisão que impedia a publicação das informações, sob o argumento de que isso feria a intimidade dos funcionários.

Em sua decisão, o relator do recurso, ministro Napoleão Nunes Maia Filho, citou entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) de que "a divulgação do nome dos servidores e suas remunerações, inclusive em sítio eletrônico mantido pela Administração Pública, como informação de interesse coletivo e geral, não ofende a intimidade ou a vida privada".

"Ante o exposto, dá-se provimento ao Recurso Especial da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo", diz a decisão, publicada na última sexta-feira, 10.

Em nota, o presidente da Alesp, Cauê Macris (PSDB), afirmou que a decisão foi uma vitória "do bom senso e a transparência". Macris esteve em Brasília em agosto para tratar do assunto com o ministro Maia Filho.

Atualmente, a Alesp publica apenas os salários dos servidores acompanhado do número de matrícula de cada um deles. A relação também não separa os que estão na ativa dos aposentados.

Procurada, a Associação dos Funcionários da Assembleia Legislativa (Afalesp) informou que "ainda não há definição sobre recurso por parte das impetrantes".

O Sindicato dos Servidores Públicos da Assembleia Legislativa (Sindalesp) não respondeu até o momento da publicação desta reportagem.

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