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STF nega habeas corpus a lobista da Lava Jato

Ele é acusado por formação de quadrilha e por usar as próprias empresas para firmar contratos de fachada com empreiteiras e intermediar propinas da Petrobras


	Ministro Teori Zavascki em plenário do STF: Teori abriu um pedido liminar de liberdade provisória de Adir Assad. Adir é acusado por formação de quadrilha e por usar as próprias empresas para firmar contratos de fachada com empreiteiras e intermediar propinas da Petrobras
 (Carlos Humberto/SCO/STF)

Ministro Teori Zavascki em plenário do STF: Teori abriu um pedido liminar de liberdade provisória de Adir Assad. Adir é acusado por formação de quadrilha e por usar as próprias empresas para firmar contratos de fachada com empreiteiras e intermediar propinas da Petrobras (Carlos Humberto/SCO/STF)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2015 às 09h33.

Brasília - O ministro e relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, negou nesta sexta-feira, 9, um pedido liminar (urgente) de liberdade provisória do empresário Adir Assad. 

O lobista está preso desde março no Paraná "para garantir a ordem pública", segundo o Tribunal Regional Federal de Curitiba.

Ele é acusado por formação de quadrilha e por usar as próprias empresas para firmar contratos de fachada com empreiteiras e intermediar o pagamento de propinas em obras da Petrobras.

De acordo com a defesa do lobista, o habeas corpus deveria ser concedido porque os crimes pelos quais é acusado foram cometidos há mais de três anos, o que invalidaria a necessidade da prisão preventiva.

A defesa argumenta também que Assad desconhece os demais investigados pela operação da Polícia Federal, "inclusive os integrantes da suposta quadrilha de que foi acusado de formar".

Teori rebate a defesa do lobista, e diz que crimes de corrupção de qualquer natureza justificam a decretação da prisão preventiva de qualquer natureza. Na decisão, o ministro anexa informações obtidas pelo Ministério Público Federal (MPF) que demonstram o envolvimento do empresário no esquema de corrupção da Petrobras.

Cinco empresas ligadas a Assad receberam R$ 1,2 bilhão oriundos de propinas da petroleira, segundo investigações da Polícia Federal. Em três delas, o empresário figura como sócio e admite participação no esquema; mas, nas outras duas, ele nega envolvimento. A força-tarefa da Lava Jato suspeita, no entanto, que era ele quem controlava a movimentação do dinheiro sujo.

Assad mantinha empresas nas áreas de engenharia e marketing - uma delas trouxe ao Brasil shows como o da cantora americana Beyoncé e da banda irlandesa U2.

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