Brasil

Moraes dá 10 dias para SP explicar modelo de escolas cívico-militares

PT questiona constitucionalidade do modelo educacional aprovado no estado e maio

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 25 de junho de 2024 às 08h17.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou nesta segunda-feira, 24, que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e a Assembleia Legislativa (Alesp) enviem explicações sobre a criação do modelo de escolas cívico-militares. A manifestação deverá ser enviada em dez dias.

A decisão de Moraes foi motivada por uma ação na qual o PT questiona a constitucionalidade do modelo educacional, que também é questionado na Corte em uma ação protocolada pelo PSOL.

Nesse o processo, o relator, ministro Gilmar Mendes, também deu o mesmo prazo para o governo estadual se manifestar. A Advocacia-Geral da União (AGU) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) também vão opinar sobre a questão.

A criação das escolas cívico-militares foi aprovada pelo Legislativo estadual no mês passado e sancionada pelo governador.

O PT alega que a Lei Complementar nº 1.398/24 é inconstitucional por violar a competência do Congresso para legislar sobre modelos educacionais. Além disso, a legenda argumenta que os militares que vão trabalhar nas escolas militarizadas terão salários maiores do que os ganhos dos professores da rede estadual.

"O mês trabalhado poderá ser superior a R$ 6 mil mensais – valor esse que ainda se somará aos soldos dos policiais militares da reserva. O valor é 13% maior do que o piso salarial dos professores da rede estadual com jornada de 40 horas semanais, atualmente R$ 5,3 mil", afirma o partido. Após receber as manifestações, Moraes deverá decidir a questão.

À época da sanção da lei, o governo do estado informou que a implantação do novo modelo será gradual, com “consentimento expresso das comunidades escolares em consultas públicas”.

A iniciativa da escola cívico-militar está alinhada ao Plano Estadual de Educação. É uma iniciativa altamente democrática, que dá opção às famílias e incrementa o portfólio de escolas da rede pública. A escola cívico-militar tem o propósito de melhorar o aprendizado e o ambiente escolar, além de reduzir a violência”, afirmou o secretário executivo da Educação, Vinicius Neiva.

Acompanhe tudo sobre:MilitaresEscolasEducaçãoMEC – Ministério da EducaçãoTarcísio Gomes de FreitasEstado de São PauloAlexandre de Moraes

Mais de Brasil

Rio prepara plano de contingência para enfrentar crise hídrica

Agência Nacional de Mineração monitora formação de trincas em barragem em Ouro Preto

Governo investiga mais de 20 pessoas por incêndios florestais no Rio

Nunes tem 24%; Marçal, 22%, e Boulos, 22%, em São Paulo, aponta pesquisa Real Time Big Data