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STF deve deixar Lava Jato no Paraná, diz secretário

Desde que a Lava Jato foi deflagrada, há especulações sobre sua transferência da primeira instância para o STF por causa de menções a congressistas


	O ministro do STF, Teori Zavascki: a decisão de Zavascki fez com que as especulações sobre a transferência do caso para Brasília voltasse a ser sondada
 (José Cruz/ Agência Brasil)

O ministro do STF, Teori Zavascki: a decisão de Zavascki fez com que as especulações sobre a transferência do caso para Brasília voltasse a ser sondada (José Cruz/ Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2014 às 13h21.

Brasília - Anunciado nessa quarta-feira, 3, como novo secretário de Segurança Pública do Paraná, o deputado federal oposicionista Fernando Francischini (SDD) promete usar sua nova função para ajudar a Justiça paranaense a continuar tocando os processos decorrentes da Operação Lava Jato, que investiga um esquema de desvios na Petrobras com a participação de algumas das maiores empreiteiras do País.

"Esperamos que o ministro Teori Zavascki acompanhe a opinião pública brasileira, que confia no trabalho do juiz Sérgio Moro para levar a apuração da Lava Jato até o fim", disse Francischini em referência ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) incumbido de relatar o caso e ao juiz da primeira instância que está conduzindo os processos.

Desde que a Lava Jato foi deflagrada, em março, há especulações sobre sua transferência da primeira instância para o STF por causa de menções a congressistas, que têm direito a foro privilegiado.

Nessa terça-feira, 2, Zavascki revogou a prisão preventiva do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, suspeito de receber propinas. A prisão havia sido determinada pelo juiz Moro, da 13ª Vara Criminal de Curitiba.

A decisão de Zavascki fez com que as especulações sobre a transferência do caso para Brasília voltasse a ser assunto das rodas de conversa entre autoridades e políticos atentos ao caso.

Delegado da Polícia Federal, Francischini é líder do partido oposicionista Solidariedade na Câmara dos Deputados e tem sido um dos principais críticos do governo Dilma dentro do Congresso.

Na CPI que investiga a Petrobras, ele foi autor de requerimentos de convocações que desagradaram o governo.

No novo cargo, que deve assumir em 1º de janeiro, ele promete manter o tom das críticas, usando inclusive mensagens jocosas. Ao receber a confirmação de sua indicação para a Secretaria de Segurança Pública, por exemplo, ele tinha sobre a mesa de seu gabinete a réplica de um produto da Petrobras com uma sátira ao governo: "Lubrax - lubrifica a corrupção, caixa dois e propina", diz o rótulo.

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