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STF determina perícia imediata em celulares encontrados com deputado preso

Segundo determinação do ministro Alexandre de Moraes, os dois aparelhos do deputado Daniel Silveira apreendidos no início da tarde de quinta devem ser periciados

Daniel Silveira: o destino de Silveira está agora nas mãos da Câmara dos Deputados. O plenário vai decidir sobre a prisão nesta sexta-feira, 19. A tendência é manter o parlamentar na cadeia (Plínio Xavier/Agência Câmara)

Daniel Silveira: o destino de Silveira está agora nas mãos da Câmara dos Deputados. O plenário vai decidir sobre a prisão nesta sexta-feira, 19. A tendência é manter o parlamentar na cadeia (Plínio Xavier/Agência Câmara)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de fevereiro de 2021 às 11h59.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que os dois celulares entrados com o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) na Superintendência da Polícia Federal no Rio, onde ele estava preso, sejam periciados.

"Determino a imediata perícia dos aparelhos apreendidos, com todos os seus dados e remessa dos laudos para o presente inquérito", diz o despacho assinado na quinta-feira, 18.

Os aparelhos foram apreendidos no início da tarde de quinta. Depois disso, o deputado passou por uma audiência de custódia, quando foi mantida a prisão em flagrante até um pronunciamento oficial da Câmara sobre o caso. Com a decisão, ele foi transferido ao Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar, em Niterói, na região metropolitana do Rio.

O destino de Silveira está agora nas mãos da Câmara dos Deputados. O plenário vai decidir sobre a prisão nesta sexta-feira, 19. A tendência é manter o parlamentar na cadeia.

Ex-policial militar e integrante da ala bolsonarista do PSL, Daniel Silveira foi preso após publicar um vídeo em suas redes sociais fazendo apologia à ditadura militar e discurso de ódio contra ministros do Supremo Tribunal Federal.

Ele ficou famoso ao quebrar uma placa que homenageava a vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018, na campanha eleitoral daquele ano.

Além da prisão, o vídeo lhe rendeu uma denúncia, formalizada pela Procuradoria-Geral da República, por grave ameaça e incitação de animosidade entre o Supremo Tribunal Federal e as Forças Armadas.

Relatora da prisão de Daniel Silveira faz parte do Centrão e está no 3º mandato

A deputada federal Magda Mofatto (PL-GO), escolhida pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para relatar o processo da prisão do seu colega Daniel Silveira (PSL-RJ), está em seu terceiro mandato na Casa. O nome de Magda Mofatto para a função foi confirmado pela Câmara nesta sexta-feira.

Até quinta, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) era apontado por líderes de partidos como relator do caso. No entanto, antes de ser formalizado por Lira, Sampaio publicou um vídeo em sua página no Facebook condenando a atitude de Daniel Silveira.

A sessão do plenário que vai deliberar sobre a situação de Silveira está marcada para as 17 horas desta sexta-feira.

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