Brasil

STF define que rito no Senado será o mesmo de Collor

Após reunião com o presidente do Senado, Renan Calheiros, Lewandowski havia sugerido que o roteiro iria ser traçado em conjunto pelas duas instituições


	Lewandowski: a única diferença do rito de 1992 é que, agora, Dilma será interrogada pelos senadores somente após a fase da instrução probatória
 (Evaristo Sa/AFP)

Lewandowski: a única diferença do rito de 1992 é que, agora, Dilma será interrogada pelos senadores somente após a fase da instrução probatória (Evaristo Sa/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2016 às 20h41.

Brasília - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, definiu que vai enviar ao Senado, nos próximos dias, o roteiro que deve ser seguido no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

A ideia é que a Casa siga o que foi definido pela Corte em dezembro, quando ficou decidido que o Congresso deveria adotar o mesmo rito do impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1992.

Na segunda-feira, 18, após reunião a portas fechadas com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Lewandowski havia sugerido que o roteiro iria ser traçado em conjunto pelas duas instituições.

O presidente do STF também afirmou que levaria as regras para serem aprovadas pelos demais ministros em uma sessão administrativa da Corte.

O procedimento foi criticado por parlamentares, que acusaram a dupla de trabalhar para postergar o desfecho do impeachment, e por ministros da Corte, que afirmaram que o tribunal já havia deliberado sobre o assunto em dezembro, quando analisou a ação movida pelo PCdoB.

Ao comentar o assunto, o ministro Gilmar Mendes chegou a ironizar o excesso de zelo de Lewandowski e Renan e disse que só faltava os dois detalharem o momento em que seria servido o cafezinho e água durante o processo.

Regras

Segundo o que foi definido pelo STF em dezembro, a única diferença do rito de 1992 é que, agora, Dilma será interrogada pelos senadores somente após a fase da instrução probatória, quando a comissão analisa documentos, ouve testemunhas e discute se a presidente cometeu ou não crime de responsabilidade.

Na época de Collor, o interrogatório seria feito logo após o Senado ter instaurado o processo. A ida ao Senado do então presidente não aconteceu, porque ele renunciou antes disso.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffFernando Collor de MelloImpeachmentPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresSenadoSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

CNU 2025: pedidos de isenção da taxa de inscrição vão até terça-feira

Manifestação em ponto clássico de Ipanema critica presença do Irã na Cúpula dos Brics

PT avalia adiar anúncio de novo presidente nacional após decisão que cancelou votação em Minas

Marina Silva volta ao Congresso depois de ser ofendida em duas comissões