Brasil

STF decide sobre suspensão da Copa América no Brasil

Três pedidos para que a realização do campeonato no Brasil seja suspensa serão analisados até o fim do dia pelos ministros do Supremo Tribunal Federal

Após o cancelamento da Copa América na Colômbia e na Argentina, a Confederação Sul-Americana de Futebol anunciou a realização do torneio no Brasil (Luisa Gonzalez/Reuters)

Após o cancelamento da Copa América na Colômbia e na Argentina, a Confederação Sul-Americana de Futebol anunciou a realização do torneio no Brasil (Luisa Gonzalez/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2021 às 06h00.

Esta reportagem faz parte da newsletter EXAME Desperta. Assine gratuitamente e receba todas as manhãs um resumo dos assuntos que serão notícia.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidirá nesta quinta-feira, 10, sobre uma eventual suspensão da realização da Copa América no Brasil. O presidente da Corte, Luiz Fux marcou a sessão extraordinária após o pedido da ministra Cármen Lúcia, que é relatora de dois processos que pedem a suspensão da realização do campeonato.

  • A vida está mais complexa, a rotina mais intensa, mas a EXAME Academy pode ajudar a manter a mente em foco 

Um dos pedidos foi movido pelo Partido Socialista Brasileiro em conjunto com o deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG) e o outro pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos.

O Partido dos Trabalhadores também havia protocolado um pedido para barrar o torneio que está sob relatoria do ministro Ricardo Lewandowski. O magistrado decidiu incluir a ação na análise desta quinta.

As duas ações sob relatoria de Cármen Lúcia apontam violação aos direitos fundamentais à vida e à saúde, além de ao princípio da eficiência da administração pública pelo risco de aumento de casos de contaminação e de mortes pela covid-19 no Brasil.

Os ministros terão até às 23h59 de hoje para publicar os seus votos no plenário virtual do Supremo.

Desde o dia 31 de maio, quando a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) anunciou a realização do campeonato no Brasil, após a impossibilidade de sediar o evento na Argentina, por conta do surto de coronavírus e na Colômbia, pelos protestos populares, a realização do torneio no país vem sofrendo críticas, enquanto os casos e mortes por coronavírus seguem em patamar elevado.

O anúncio foi feito após o aval do governo federal à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O então presidente, agora afastado da organização Rogério Caboclo acionou diretamente o presidente Jair Bolsonaro no próprio dia 31 para consultar sobre a realização do torneio no Brasil.

A abertura do torneio está marcada para este domingo, 13, com a partida entre os times do Brasil e Venezuela, em Brasília.

Na quarta, os jogadores da seleção brasileira publicaram uma nota conjunta nas redes sociais com críticas à condução da Copa América pela Conmenbol, mas descartaram boicote aos jogos. A possibilidade de que os jogadores se levantassem contra o torneio foi aventada pelo capitão do time brasileiro, o volante Casemiro, que afirmou no sábado em entrevista à Globo que o boicote seria unanimidade no time.

No manifesto, os jogadores declararam que não quiseram tornar a discussão sobre a Copa América política. "Por diversas razões, sejam elas humanitárias ou de cunho profissional, estamos insatisfeitos com a condução da Copa América pela Comenbol, fosse ela sediada tardiamente no Chile ou mesmo no Brasil", diz a nota.

Até a quarta, duas patrocinadoras do evento, a Ambev e a Mastercard, já haviam decidido não expor suas marcas durante a competição. Ambas afirmaram, no entanto, que honrarão com os pagamentos do evento.

Assine a EXAME e acesse as notícias mais importantes em tempo real.
Acompanhe tudo sobre:Exame HojeFutebolSeleção Brasileira de FutebolSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas