Brasil

STF decide nesta quinta se mantém anulação de condenações de Lula

Corte analisará se a 13ª Vara Federal de Curitiba tinha competência de julgar processos relativos ao ex-presidente no âmbito da Operação Lava Jato

Justiça tributária viabilizada trabalha também na desigualdade social (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Justiça tributária viabilizada trabalha também na desigualdade social (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

AA

Alessandra Azevedo

Publicado em 15 de abril de 2021 às 06h00.

Última atualização em 15 de abril de 2021 às 07h38.

Esta reportagem faz parte da newsletter EXAME Desperta. Assine gratuitamente e receba todas as manhãs um resumo dos assuntos que serão notícia. 

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve decidir nesta quinta-feira, 15, se mantém ou não a decisão do ministro Edson Fachin de anular as condenações impostas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela 13ª Vara Federal de Curitiba, no âmbito da Operação Lava Jato. Na quarta-feira, 14, o plenário decidiu que os 11 ministros devem julgar o tema.

Fachin anulou em março quatro condenações decorrentes da Operação Lava-Jato: a do triplex do Guarujá, a do sítio de Atibaia, a da sede do Instituto Lula e das doações da Odebrecht. O ministro entendeu que o julgamento não era competência da Vara de Curitiba e transferiu os processos contra o ex-presidente para a Justiça Federal do DF. 

Nesta quinta, o Supremo julga um recurso apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) que busca reverter a decisão de Fachin. Caso o plenário rejeite o recurso e confirme a decisão do ministro, as condenações ficam anuladas e o ex-presidente mantém os direitos políticos.

Nesse caso, ele poderá se candidatar a cargos políticos em 2022. Caberá à Justiça do Distrito Federal decidir se aproveitará os autos dos processos ou se as investigações precisarão começar do zero.

Mas, se o plenário for contra a decisão de Fachin, Lula volta a perder os direitos políticos e fica inelegível. Nesse caso, as decisões da Vara de Curitiba serão validadas e os processos não precisarão recomeçar na Justiça do Distrito Federal. Mesmo com a suspeição de Moro confirmada pelo plenário no caso do triplex, Lula continuará inelegível, porque também foi condenado no caso do sítio de Atibaia.

A defesa do ex-presidente poderia, nessa situação, pedir que o entendimento de que Moro agiu com parcialidade no julgamento valha também para o processo do sítio, o que anularia o caso. 

Um recurso de autoria da defesa de Lula pede que outros processos em tramitação na Corte relativos ao ex-presidente percam os efeitos depois do trânsito em julgado do caso -- ou seja, quando não couber mais recurso quanto à anulação das condenações pela Vara de Curitiba.

Confira outros temas nesta edição da Desperta:

No radar: Hering e Arezzo, Petrobras, Orçamento e o que move os mercados

Irã e EUA retomam conversas para acordo nuclear, mas tensões seguem altas

Para zerar emissões, Nestlé investe em veículos elétricos e a biometano


O podcast EXAME Política vai ao ar todas as sextas-feiras com os principais temas da eleição americana. Clique aqui para ver o canal no Spotify, ou siga em sua plataforma de áudio preferida, e não deixe de acompanhar os próximos programas.

Acompanhe tudo sobre:Exame HojeLuiz Inácio Lula da SilvaOperação Lava JatoPGR - Procuradoria-Geral da RepúblicaSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua

STF forma maioria para manter prisão de Robinho

Reforma Tributária: pedido de benefícios é normal, mas PEC vetou novos setores, diz Eurico Santi