Brasil

STF convoca audiência para discutir transparência nas emendas PIX e papel do TCU

Objetivo é avaliar avanços na rastreabilidade dos recursos e esclarecer os efeitos de decisões já tomadas pela Corte

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 26 de setembro de 2025 às 20h58.

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), convocou uma audiência de conciliação no dia 23 de outubro para avaliar os avanços na rastreabilidade das emendas parlamentares, especialmente as “emendas Pix”, e esclarecer os efeitos das decisões já tomadas no âmbito da ação que trata das emendas e que derrubou o chamado "orçamento secreto".

A audiência ocorre em meio ao debate sobre a competência para julgar as contas relativas às emendas individuais (RP 6). Em decisão recente, Dino reafirmou que essa atribuição é exclusiva do Tribunal de Contas da União (TCU), invalidando julgamentos feitos por tribunais de contas estaduais e municipais nesse campo.

Segundo o ministro, o TCU já é capaz de rastrear cerca de 70% das emendas Pix referentes ao exercício de 2025. O avanço é atribuído à integração de dados no sistema Transferegov.br e à melhoria nos processos de identificação dos beneficiários por parte das instituições financeiras.

“É possível identificar as transferências desde a indicação do parlamentar responsável pela emenda até o beneficiário final do recurso”, destacou Dino na decisão.

A audiência reunirá representantes da Advocacia-Geral da União, Senado Federal, Câmara dos Deputados, Procuradoria-Geral da República e do partido autor da ação, o PSOL. Também foram convidados os presidentes do TCU, CGU, Ministério da Gestão, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco do Nordeste.

Acompanhe tudo sobre:PIXTCUSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Hugo Motta diz que Lula está 'caminhando' para quarta vitória nas urnas

Receita retém carga de dois navios avaliada em R$ 290 milhões em nova fase da Cadeia de Carbono

10 carretas e R$ 6 mi em mercadorias: o saldo da maior operação do ano contra cigarros clandestinos

Especialistas defendem maior pressão dos mercados sobre governos em matéria climática