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STF condena ex-tesoureiro do PT a quase 9 anos de prisão

O ex-tesoureiro do PT recebeu 2 anos e 3 meses de prisão por formação de quadrilha, e 6 anos e 8 meses, além da multa de R$ 325 mil, por corrupção de parlamentares


	Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT: Para o relator do processo no STF, ministro Joaquim Barbosa, ele teve participação ativa no mensalão
 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT: Para o relator do processo no STF, ministro Joaquim Barbosa, ele teve participação ativa no mensalão (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2012 às 20h35.

Brasília - O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares foi condenado nesta segunda-feira a 8 anos e 11 meses de prisão e ao pagamento de uma multa de R$ 325 mil pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa no julgamento do caso do mensalão.

Delúbio deverá cumprir a pena em regime inicialmente fechado, assim como o ex-ministro José Dirceu, condenado hoje pelos mesmos crimes a 10 anos e 10 meses de prisão e a pagar uma multa de R$ 676 mil. O terceiro réu que fazia parte do núcleo político do mensalão, o ex-presidente do PT José Genoino, recebeu pena de 6 anos e 11 meses de reclusão em regime semiaberto - poderá deixar a prisão para trabalhar - e multa de R$ 468 mil.

O ex-tesoureiro do PT recebeu 2 anos e 3 meses de prisão por formação de quadrilha, e 6 anos e 8 meses, além da multa de R$ 325 mil, por corrupção de parlamentares.

Para o relator do processo no STF, ministro Joaquim Barbosa, Delúbio teve participação ativa no mensalão, sendo o responsável direto por obter o dinheiro da propina aos parlamentares e também pelas datas dos repasses.

O revisor, Ricardo Lewandowski, que mais cedo havia deixado o plenário após uma áspera discussão com Barbosa devido à decisão do relator de antecipar a fixação das penas dos réus do núcleo político, voltou para votar a pena de Delúbio por corrupção ativa, já que o havia condenado.

Lewandowski argumentou que o ex-tesoureiro cometeu crimes contra a administração pública e a sociedade, e fixou pena de 4 anos e 1 mês, além de 20 dias-multa. Como apenas os ministros Dias Toffoli e Carmen Lúcia seguiram seu voto, prevaleceu o de Joaquim Barbosa, que havia votado por 6 anos e 8 meses de reclusão, além de 250 dias-multa no valor de 5 salários mínimos na época dos fatos, o que totaliza R$ 325 mil.

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