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STF concede mais prazo para Eduardo Cunha apresentar defesa

Há duas semanas, presidente da Câmara foi denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato


	Com a nova decisão, Eduardo Cunha pode se manifestar até 24 de setembro
 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Com a nova decisão, Eduardo Cunha pode se manifestar até 24 de setembro (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2015 às 16h46.

Brasília - O Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu hoje (3) mais 15 dias para o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apresentar defesa ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Há duas semanas, Cunha foi denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato.

Desde a semana passada, quando o deputado foi notificado sobre a apresentação da denúncia, os advogados têm 15 dias para enviar a manifestação, prazo que terminaria no dia 9 de setembro. Com a nova decisão, Cunha pode se manifestar até 24 de setembro.

De acordo com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Eduardo Cunha recebeu US$ 5 milhões para viabilizar, em 2006 e 2007, a contratação de dois navios-sonda pela Petrobras, junto ao Estaleiro Samsung Heavy Industries.

O negócio foi formalizado sem licitação e ocorreu com intermediação do empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, que está preso há nove meses em Curitiba, e do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró. Todos são investigados pela Operação Lava Jato.

O caso foi descoberto após depoimento de Júlio Camargo, que fez acordo de delação premiada. Conforme a denúncia, Camargo também participou do negócio e recebeu US$ 40,3 milhões da Samsung Heavy para concretizar a contratação.

A denúncia foi rebatida com “veemência” por Eduardo Cunha, que chamou de “ilações” os argumentos apresentados por Janot.

Na época, o deputado se disse inocente e aliviado, “já que o assunto passava para o Poder Judiciário”.

Depois de receber a manifestação da defesa do deputado, o ministro Teori Zavascki vai elaborar seu voto e levá-lo a julgamento no plenário do STF. Se a maioria dos ministros entender que existem provas para abertura da ação penal, Cunha passará à condição de réu.

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