Brasil

STF analisa federações partidárias e vai julgar 'pacote eleitoral'

Na prática, o voto dos ministros pode afetar, inclusive, os prazos que os partidos terão para consolidar alianças, segurar seus quadros e definir o nome do presidenciável escolhido para as urnas

STF: As legendas passaram a disputar melhores saídas para seu desempenho eleitoral na Corte (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

STF: As legendas passaram a disputar melhores saídas para seu desempenho eleitoral na Corte (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de fevereiro de 2022 às 10h08.

Última atualização em 4 de fevereiro de 2022 às 10h35.

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) começou nesta quinta-feira, 3, a analisar a ação que vai definir a validade constitucional das federações partidárias - novo artifício de união entre as siglas aprovado pelo Congresso Nacional em 2021. Esta será a primeira de uma série de matérias analisadas nos próximos meses pela Corte Suprema que influenciam a corrida eleitoral.

Na prática, o voto dos ministros pode afetar, inclusive, os prazos que os partidos terão para consolidar alianças, segurar seus quadros e definir o nome do presidenciável escolhido para as urnas.

No "pacote eleitoral" que tramita no STF consta, ainda, uma ação que considera inconstitucional o teto de R$ 4,9 bilhões destinado ao fundo eleitoral e outra que pede redução do tempo em que políticos "fichas-sujas" precisam aguardar para lançar uma candidatura. Essas duas ações têm relatoria dos dois ministros indicados para a Corte pelo presidente Jair Bolsonaro - André Mendonça e Kassio Nunes Marques, respectivamente.

As legendas passaram a disputar melhores saídas para seu desempenho eleitoral na Corte. À Coluna do Estadão, presidentes de partido disseram ver com preocupação o fato de o STF, e não o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ter de se debruçar nesses assuntos com recorrência. O TSE, contudo, tem competência para julgar o que diz respeito ao processo eleitoral e o STF é o responsável por dar a interpretação da aplicação da Constituição segundo o professor de Direito Eleitoral Alberto Rollo.

No caso das federações, seis legendas pediram para ser anexadas à lista de entidades ouvidas pelo Supremo. Dono da ação, o PTB recusa o modelo por acreditar que o mesmo fere a autonomia partidária e o sistema de eleições proporcionais.

Acompanhe tudo sobre:Partidos políticosSupremo Tribunal Federal (STF)Eleições 2022

Mais de Brasil

Câmara aprova projeto de lei que dificulta aborto legal em crianças

Após megaoperação, Moraes abre inquérito sobre crime organizado no Rio

PEC que flexibiliza privatização da Copasa é aprovada na Assembleia de Minas

Câmara aprova urgência de projeto que dificulta aborto legal em crianças