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SP vai testar alunos e professores em estratégia de volta às aulas

Reabertura de escolas é permitida a partir de 8 de setembro nas regiões que estão na fase amarela, do Plano São Paulo, há mais de 28 dias

Testes: decreto que será publicado na quinta-feira, 20, trará detalhes sobre os protocolos de reabertura das escolas em setembro para atividades de reforço (Andressa Anholete/Getty Images)

Testes: decreto que será publicado na quinta-feira, 20, trará detalhes sobre os protocolos de reabertura das escolas em setembro para atividades de reforço (Andressa Anholete/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de agosto de 2020 às 15h50.

Última atualização em 19 de agosto de 2020 às 16h07.

O secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, afirmou que a gestão João Doria (PSDB) planeja a realização de inquéritos sorológicos para identificar anticorpos para a covid-19 em professores, funcionários e estudantes de escolas de diferentes regiões do Estado de São Paulo.

Segundo ele, os resultados poderão implicar em "estratégias adicionais" nas escolas para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus.

"Nós já estamos desenhando junto com o secretário Rossieli (Soares, da Educação), no sentido de nós podermos também efetuar testagem tanto em profissionais da área da educação, sejam professores, educadores, administrativo, como naquelas crianças. Para que a gente possa estabelecer, para uma das regiões, qual é uma estratégia adicional para aquelas medidas sanitárias bastante rígidas que estão sendo adotadas em cada aparelho institucional", disse em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, na qual foi anunciada ampliação do horário de funcionamento de comércios e serviços.

Gorinchteyn não comentou se a testagem abrangeria apenas a rede estadual. Na cidade de São Paulo, a prefeitura realizou um inquérito sorológico com 6 mil crianças e adolescentes da rede municipal, o qual atestou que 64% dos casos foram assintomáticos. O resultado motivou a gestão Bruno Covas (PSDB) a vetar a reabertura de escolas das redes pública e privada para atividades de reforço em setembro. A retomada em outubro ainda é avaliada.

Um decreto que será publicado na quinta-feira, 20, trará detalhes sobre os protocolos de reabertura das escolas em setembro para atividades de reforço. O secretário da Educação, Rossieli Soares, destacou que os critérios deverão ser adotados pelas prefeituras, que poderão exigir normas ainda mais restritivas.

A reabertura de escolas é permitida a partir de 8 de setembro nas regiões que estão na fase amarela há mais de 28 dias. O retorno é opcional e decidido pelas prefeituras. Essa retomada é focada em atividades de acolhimento, recuperação, atividades físicas, tutoria e aulas em laboratório, enquanto a data oficial de retorno é 7 de outubro. O funcionamento está condicionado ao cumprimento de protocolos sanitários.

Voluntários que receberam segunda dose de vacina chinesa não tiveram efeitos colaterais, diz secretário.

Gorinchteyn também comentou sobre a continuidade dos testes da fase 3 da vacina CoronaVac, produzida pela empresa chinesa Sinovac e que está em testagem no Brasil em parceria com o Instituto Butantã. "Vários (voluntários) já receberam a segunda dose da vacina sem que efeitos colaterais impedissem a continuidade do estudo, reforçando ainda mais a segurança da vacina, que já era evidenciada nos estudos clínicos da fase 2."

O Estado de São Paulo tem 27.591 óbitos e 721.377 casos confirmados do novo coronavírus. A ocupação de UTIs é de 57,2%, taxa que é de 55,2% na Grande São Paulo. Ao todo, são 5.285 internados em leitos de terapia intensiva por causa da covid-19. A projeção do Governo do Estado é que o número de casos chegue a até 970 mil neste mês, enquanto o de mortes alcancerá até 36 mil.

Na coletiva, o secretário comentou, ainda, que alguns hospitais da cidade começaram a permitir a visita a pacientes com covid-19. Segundo ele, os procedimentos estão seguindo normas técnicas de segurança sanitária, como o uso de EPIs. Não são permitidos, contudo, visitantes idosos, crianças ou que sejam portadores de doenças crônicas. "Isso visa trazer uma humanização, uma atenção", disse.

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