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SP vai obrigar uso de máscara no transporte público

Apesar de já ter sido anunciada pelo governo, a medida ainda não tem data para entrar em vigor

Coronavírus: São Paulo é o estado do país mais afetado pela doença (Rodrigo Paiva / Correspondente/Getty Images)

Coronavírus: São Paulo é o estado do país mais afetado pela doença (Rodrigo Paiva / Correspondente/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de abril de 2020 às 08h19.

Última atualização em 28 de abril de 2020 às 18h12.

O secretário de Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, informou nesta segunda-feira, 27, pelo Twitter que será obrigatório o uso de máscaras no transporte público do Estado de São Paulo. A medida ainda não tem data para entrar em vigor. Antes, ele prometeu distribuir o item de prevenção por sete dias nos trens, metrôs e ônibus.

"Estamos buscando a viabilidade para entregar máscaras a todos os passageiros do sistema do transporte público do governo de São Paulo, por sete dias, sendo que, após este período, o acesso somente será permitido por pessoas utilizando máscaras. Os que já puderem, usem máscara", escreveu.

Na semana passada, o governo estadual publicou um decreto em que recomenda o uso do item de proteção.

A assessoria de imprensa da secretaria disse que ainda não tem o número de máscaras que serão distribuídas. "Estamos buscando formas e procedimentos de higienização dos trens, no metrô e CPTM mais eficientes. Assim como cobrando a limpeza nos ônibus da EMTU. Como também repondo materiais de higiene nos banheiros das operações e a constante limpeza. Os que puderem, nos ajudem a fiscalizar", disse Baldy.

 

Antes da pandemia, cerca de 10 milhões de pessoas circulavam diariamente por metrô, trens e ônibus no Estado de São Paulo. Houve uma queda de 70% a 80% nesses meios de transporte por causa do novo coronavírus, estima a Secretaria de Transportes Públicos.

O Estado registrou ontem 1.825 mortes pela covid-19, 125 a mais do que domingo. Houve também a confirmação de 21.696 pessoas infectadas. Segundo o governo, a doença se dispersa para o interior, litoral e Grande São Paulo, que já respondem por um a cada três óbitos e casos no Estado.

Isolamento

Ontem, o secretário estadual de Saúde de São Paulo, José Henrique Germann, afirmou que mesmo com um total de 8 mil leitos de UTI criados para enfrentar a doença, ainda há risco de pacientes ficarem sem vagas se a taxa de isolamento social permanecer nos índices atuais. Neste fim de semana, a taxa ficou em 52% no sábado e 58% no domingo. Ao longo da semana, tem oscilado em valores abaixo dos 50%. Germann disse que o índice deveria ser de 60%.

O secretário falou, ainda, que a crise pode ter cinco meses de duração e pediu para a população se resignar. "Temos de ficar em casa cada vez mais. Coloque idosos em casa. Só saiam para trabalhar as pessoas envolvidas nas atividades essenciais." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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