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Clara Cerioni
Publicado em 20 de março de 2020 às 12h31.
Última atualização em 20 de março de 2020 às 13h28.
A Secretaria de Saúde do estado de São Paulo publicou uma portaria no Diário Oficial, nesta sexta-feira (20), obrigando os hospitais privados e públicos, integrantes ou não do Sistema Único de Saúde, a informar diariamente a situação dos casos de coronavírus.
Na medida, que já está em vigor, os hospitais de São Paulo têm até as 9 horas para informar o detalhamento dos infectados pelo Covid-19. Os dados deverão ser referentes ao dia anterior e serão preenchidos por um formulário único online.
A portaria justifica a decisão pela "importância de dados registrados para a Saúde Pública, a competência estadual para acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas do Sistema Único de Saúde", diz o texto.
A medida foi tomada depois da operadora de saúde Prevent Senior registrar as primeiras mortes pelo coronavírus e ser acusada pela prefeitura de São Paulo de não notificar as autoridades ou familiares dos pacientes mortos.
Todas as cinco mortes confirmadas até o momento em São Paulo foram dentro de um hospital da rede.
Outra medida anunciada pelo governo para frear o avanço do Covid-19 foi a recomendação de fechar os shoppings center e academias da região metropolitana. A orientação é para que os centros comerciais parem as atividades gradualmente até o dia 23 de março. Os estabelecimentos devem ficar fechados até 30 de abril.
O Ministério da Saúde atualizou, nesta quinta-feira, 19, para 621 o número de infectados pelo coronavírus no Brasil.
No novo balanço, também subiu o número de estados com transmissão comunitária, quando não há a possibilidade de saber a origem da contaminação. Segundo a pasta, já são seis regiões com essa modalidade de contágio: São Paulo (estado), Rio de Janeiro (capital), Santa Catarina (sul do estado), Rio Grande do Sul (capital), Minas Gerais (capital) e Pernambuco (estado).
O total de mortos chegou a sete, com óbitos nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro. Todas as vítimas tinham mais de 60 anos e se enquadravam no chamado grupo de risco.