Após duas noites seguidas de uma queda brusca no número de homicídios, crimes voltam a acontecer (Tauseef Mustafa/AFP)
Da Redação
Publicado em 15 de novembro de 2012 às 09h27.
São Paulo - Depois de duas noites seguidas de um queda brusca no número de homicídios na Região Metropolitana de São Paulo, a capital paulista e os demais municípios, juntos, tiveram um saldo de pelo menos sete pessoas mortas e 14 feridas a tiros num intervalo de sete horas e meia, entre as 21 horas de quarta-feira e as 4h30 desta quinta-feira. Entre os baleados, há dois policiais militares e um policial civil; dois deles foram vítimas de ataque, o outro ficou ferido ao reagir a um assalto. Os caso foram registrados quase que no mesmo horário, por volta das 23 horas.
A tentativa de roubo ocorreu em uma esfiharia, na Rua Etelvina, na Penha, zona leste de São Paulo. O soldado Marcelo Gregório, de 26 anos, estava no local, à paisana, aguardando um pedido, quando dois ou três homens anunciaram o assalto. Lotado na 3ª Companhia do 51º Batalhão, o soldado reagiu e foi baleado nas costas. A vítima foi levada para o pronto-socorro do Tatuapé, mas a bala, que está alojada próximo à coluna, não foi retirada. Gregório corre o risco de ficar paraplégico, segundo a polícia. Outro cliente da lanchonete também foi baleado, em um dos braços, e foi atendido no pronto-socorro de Ermelino Matarazzo. Os criminosos fugiram e nenhum suspeito havia sido encontrado preso pela polícia.
Já na região do bairro da Pedreira, na zona sul, a vítima foi um investigador do Departamento de Homicídios do município de Diadema, cidade do Grande ABC. Tarcísio Marcelino de Souza, de 45 anos, foi atacado no bairro Eldorado, quando seguia pela Avenida Alda em seu veículo, um Chery prata. Dois homens surgiram de moto e passaram a atirar contra o policial civil, que também reagiu. No tiroteio, Souza foi ferido, mas teria conseguiu atingir um dos criminosos antes que eles fugissem.
Baleado no peito e em uma das mãos,o investigador foi levado para o pronto-socorro Serraria, em Diadema, onde permanece internado, mas fora de perigo. Pouco depois, um desconhecido, ferido a tiros, procurou socorro no Hospital do Jabaquara, onde acabou morrendo. Ainda não se sabe se é o mesmo que atacou o policial civil, uma vez que os suspeitos usavam capacetes, o que dificulta o reconhecimento.
Também na zona sul, por volta das 3 horas da madrugada, um soldado, de prenome Henrique, da 3ª Companhia do 22º Batalhão foi vítima de um ataque. Ele estava à paisana e seguia em seu veículo pela Avenida Cupecê, na Cidade Ademar. Na altura da Rua Antônio Gil, o soldado foi abordado por dois criminosos. Os bandidos, que ocupavam uma Parati branca, passaram a atirar contra o policial, que foi atingido no peito e no ombro. A vítima foi encaminhada para o Hospital Geral da Pedreira, onde passou por cirurgia, e segundo a Polícia, não corre risco de vida. Já os autores do atentado foram presos por uma equipe da PM na Avenida Yervant Kissajikian, mesma região. Com eles foi encontrada a suposta arma utilizada no crime. Eles foram encaminhados ao 98º Distrito Policial, do Jardim Míriam, e autuados em flagrante.